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Conselho indica volta de professor do DF que usou música sobre beijo lésbico

Secretaria afirmou que vai abrir processo administrativo para apurar o caso.
Grupo avaliou que houve violação dos direitos humanos com afastamento.

Conselho indica volta de professor do DF que usou música sobre beijo lésbico

Do Gay1 DF, com informações e vídeo do DFTV da TV Globo

O Conselho Distrital de Direitos Humanos recomendou à Secretaria de Educação a recontratação do professor de uma escola em Brazlândia que deixou de ter o contrato temporário renovado em 2009, conforme publicação no Diário Oficial do DF dessa quarta-feira (29).

O professor de inglês Márcio Barrios usou em sala de aula, durante atividade pedagógica, uma música que faz referência ao beijo de duas mulheres, relata reportagem do DFTV da TV Globo. Ainda cabe recurso da decisão.

A canção da norte-americana Katy Perry, usada no Centro Interescolar de Línguas de Brazlândia em 2008, diz: “Eu beijei uma garota e eu gostei do seu batom de cereja/ Eu beijei uma garota só para provar, espero que meu namorado não se importe”.

De acordo com Barrios, a escola e a Secretaria de Educação entenderam que a música não era adequada para estudantes no início da adolescência. A decisão do conselho, formado por 32 pessoas de diversas instituições do governo local e do Legislativo, considera que houve violação dos direitos humanos por parte da escola.

De acordo com o conselho, um processo administrativo na Secretaria de Educação deve ser aberto para investigar a conduta da diretora, da vice e da coordenadora na época do incidente. Além da recontratação do professor, o conselho recomendou que as três servidoras participem de cursos sobre o assunto.

A Secretaria de Educação informou, por meio de nota, que vai abrir processo administrativo para apurar o caso, mas que o professor só pode voltar às salas de aula após passar por novo processo seletivo, previsto para outubro.

De acordo com o presidente do Conselho de Direitos Humanos, Michel Platini, a recomendação de cursos para as três servidores da escola serve para que elas aprendam a lidar com a temática. “[A medida serve para que] alunos e professores não vivam o que o professor Márcio viveu, essa angústia de tentar lidar com essa temática e ter essa privação”, disse Platini.

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