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Casamento igualitário é aprovado em três estados americanos pelo voto popular

No rastro do apoio de Obama à causa, Maryland e Maine permitirão união.

Do Gay1, com Agências Internacionais

Casais se beijam em comemoração ao andamento da apuração em Washington (Foto: Ted S. Warren / AP)Casais se beijam em comemoração ao andamento da apuração em Washington (Foto: Ted S. Warren / AP)

Os eleitores dos estados de Maryland e Maine aprovaram o casamento entre pessoas do mesmo sexo nas eleições desta terça-feira. É a primeira vez que o voto popular decide sobre o assunto. Washington também caminha para a ratificação de uma decisão anterior do Senado que tinha sido posta à prova após um abaixo-assinado popular. Em Minnesota, os votos dos eleitores sobre uma proposta que restringe o casamento a uniões entre homens e mulheres também ainda não terminaram de ser contabilizados.

Seis estados (Connecticut, Iowa, Massachusetts, New Hampshire, Vermont, Nova York) e o Distrito de Columbia já legalizaram o casamento igualitário, mas por decisões legislativas ou da Justiça. Por sua vez, eleitores americanos já rejeitaram a proposta de união entre o mesmo sexo 32 vezes desde 1988. Em Maryland, casais do mesmo sexo poderão se casar a partir de 1º de janeiro.

A aprovação nos dois estados pode adicionar pressão ao Tribunal Supremo dos EUA, que terá a última palavra sobre a constitucionalidade do casamento igualitário em todo o país. Esta é a primeira vitória do movimento LGBT desde que Barack Obama declarou apoio à causa durante a campanha – atitude inédita entre os presidentes americanos.

“Fizemos história para a igualdade nos casamentos ao conquistar nossa primeira vitória nas urnas” afirmou Chad Griffin, presidente da Campanha de Direitos Humanos, que arrecadou milhões de dólares para fazer campanha nos quatro estados que votaram sobre a medida.

Em Minnesota, os eleitores votaram sobre a adoção de uma emenda constitucional que limitaria o casamento à união entre homens e mulheres. Apesar de o estado já ter uma lei que barra casamento entre pessoas do mesmo sexo, os conservadores queriam prevenir legislações ou decisões judiciais futuras que pudessem reverter esse texto.

Na semana final da campanha, os oponentes do casamento igualitário montaram uma operação de propaganda que incluiu ligações telefônicas nos quatro estados. A estratégia era convencer os indecisos de que “redefinir o casamento” forçaria as escolas a “ensinar casamento gay” e obrigaria as igrejas a violar princípios religiosos.

Anthony Valenzuela, de 37 anos, afirmou ao lado de seu companheiro Kent deJong, 51, que a aprovação no referendo significa que “Maryland é pioneira para outros estados. Isso significa que o povo pode decidir a favor do amor”. O casal quer se casar em 2013, mas talvez em Iowa, onde mora a família deJong.

“Isso permite que a sociedade nos reconheça como casal. É uma afirmação” defende deJong.

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