A democrata Tammy Baldwin é lésbica e concorre a uma vaga no Senado.
A Constituição do estado proíbe o casamento igualitário desde 2006.
Por Ryan Rainey, Especial para o G1 em Madison, Wisconsin
O estado de Wisconsin pode ser o primeiro dos Estados Unidos a eleger uma senadora publicamente lésbica. As eleições acontecem em todo o país nesta terça-feira (6).
A deputada federal Tammy Baldwin, que é assumidamente lésbica, concorre a uma vaga no Senado pelo Partido Democrata. Ela representa as cidades de Madison e Beloit, no sul do estado.
Se derrotar o ex-governador Tommy Thompson, que é republicano, Baldwin será protagonista de uma mudança histórica no estado.
Desde 2006, uma emenda à Constituição estadual proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Thompson tem atacado a democrata dizendo que ela é uma liberal que pode ajudar a piorar a dívida federal. O republicano nunca criticou diretamente o fato dela ser lésbica.
Há eleitores, porém, que não querem votar em candidatos ou candidatas LGBTs, especialmente os cidadãos que moram em áreas rurais.
Na comunidade de DeForest, o eleitor Keith Gjonnes afirma que votou em Thompson para o senado e Mitt Romney para presidente. “Eu votei no Thompson porque acredito que o casamento só deveria existir entre um homem e uma mulher,” disse Gjonnes. “A gente sempre vota nos valores da Bíblia.”
Jennifer Browen, eleitora de Baldwin, disse que a orientação da candidata não foi um fator desivo, mas sim a sua representação dos “povos oprimidos”. “Eu acho que o público não deveria votar nos candidatos por causa da orientação sexual,” afirmou.
A divisão politica no Wisconsin sempre se baseou em assuntos sociais, mas a crise financeira dos Estados Unidos tem mudado as posições dos candidatos. O estado é um dos que não possuem tendência definida nestas eleições.
Os cidadãos dos estados de Maryland, Washington e Minnesota votam nesta terça-feira sobre a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
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