Dana afasta rótulo de homofóbico e elogia Liz Carmouche: ‘Eu a aplaudo’

Lutadora é primeira atleta lésbica do UFC. Presidente se diz a favor do casamento igualitário.

Do Gay1 Esportes

Liz Carmouche admitiu ser lésbica após deixar os fuzileiros navais e entrar no MMA (Foto: Getty Images)

A primeira luta feminina da história do UFC terá, também, a primeira atleta abertamente lésbica da história da companhia: a americana Liz Carmouche, ex-fuzileira naval, que será a primeira desafiante ao cinturão do peso-galo feminino, atualmente em posse de Ronda Rousey. O fato histórico agrada ao presidente do Ultimate, Dana White. Apesar de ser acusado de homofobia por ter usado termos depreciativos para lésbicas e gays num infame videoblog há alguns anos, em que insultava uma jornalista, o chefão garante ser a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

“Adoro o que ela fez. Sei que tenho uma grande persona ‘homofóbica’, que as pessoas acham que sou homofóbico. É a coisa mais distante do que sou. Acho que é ridículo que seja 2013 e o governo diz a duas pessoas que elas não podem se casar. Quem é o governo para dizer às pessoas que duas pessoas que se amam não podem se casar? É ridículo” afirmou White, num almoço promocional com a mídia americana na quarta-feira.

O presidente do UFC já afirmou, algumas vezes, que o uso do termo depreciativo no videoblog é seu maior arrependimento desde que assumiu a companhia, em 2001. Ele disse ainda que espera que outros lutadores “saiam do armário” após a revelação de Carmouche.

“Eu a aplaudo por ela ter se revelado e por ela ser a primeira (do UFC). Bom para ela. Espero que mais o façam. Não me incomoda nem um pouco. Não devia incomodar ninguém mais também”.

Cartaz oficial do UFC 157 (Foto: Divulgação/UFC)

Já a primeira campeã peso-galo feminino do Ultimate, Ronda Rousey, conhecida por provocar suas adversárias com comentários às vezes politicamente incorretos, se vê numa situação difícil para cutucar Carmouche, que, além de ser lésbicas, é uma ex-fuzileira naval. Talvez por isso, a californiana tomou um novo caminho e afirmou que não vai falar mal da adversária.

“Eu gosto da Liz. Ela é uma fuzileira, não vou conseguir intimidar essa garota. O negócio de intimidação pré-luta não funcionaria, não terei essa vantagem que tenho normalmente contra minha competição. Por ser um primeiro evento, por ser a primeira vez que mulheres lutam num card do UFC, e por ela ser a primeira lutadora abertamente lésbica, não precisa haver nenhuma discussão ou entrevero. É uma coisa extraordinariamente positiva, não precisamos de uma discussão para promover. É um evento positivo e eu não me importo que não haja provocações. É histórico, se vende sozinho” explicou Ronda Rousey.

O duelo entre Rousey e Carmouche acontece em 23 de fevereiro de 2013, em Anaheim, EUA.

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