Nova Zelândia é o 1° país da Ásia Pacífico a legalizar o casamento igualitário
País já autorizava as uniões civis desde 2005.
Da France Presse
A Nova Zelândia se tornou nesta quarta-feira o 13º país do mundo, o primeiro da região Ásia Pacífico, a legalizar o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo, uma decisão história celebrada pela por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais desse país.
A nova lei, que modifica a legislação que vigorava no país desde 1955, foi aprovada pela Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 27 anos depois da descriminalização da homossexualidade.
A Nova Zelândia já autorizava as uniões civis desde 2005.
A reforma da lei, apoiada pelo primeiro-ministro de centro-direita John Key, foi apresentada por Louisa Wall, deputada lésbica do Partido Trabalhista, o principal da oposição.
Segundo esta última, a decisão neozelandesa pode abrir caminho para reformas similares em outros países da região.
‘A lei considerava os neozelandeses homossexuais como seres inferiores aos seres humanos, e aos demais cidadãos. Este texto permite garantir que o Estado não discrimine nenhuma categoria da população em função de sua orientação sexual’, disse a deputada à AFP.
O texto enfrentou uma forte oposição, principalmente do grupo Family First, que acusa os políticos de fragilizar a instituição tradicional do matrimônio sob a pressão dos ativistas a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Na capital Wellington, principalmente na rua Cuba, cheia de bares frequentados por LGBTs, vários telões transmitiam ao vivo o debate sobre a lei no parlamento antes da votação.
‘Se algumas pessoas estão autorizadas a casar, então todas deveriam ser autorizadas a fazer isso’, opinou Christina Hroch.
Treze países autorizam o casamento entre pessoas do mesmo sexo, segundo a ONG Human Right Watch (HRW).
A Dinamarca foi o primeiro país que autorizou as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, em 1989.
A Austrália, país vizinho da Nova Zelândia, vetou o casamento igualitário em setembro do ano passado.
O Uruguai se tornou no início do mês o segundo país latino-americano, depois da Argentina, a legalizar o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo.
Atualmente, os deputados franceses debatem um projeto de lei para legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo, assim como a adoção, uma medida que enfrenta forte oposição de parte da população.
█