Brasil

DJ com tatuagens racistas e nazistas tocou na Parada de São Paulo

Denunciando por grupo anti-intolerância na internet, Enrico Tank foi cortado da Parada LGBT de Santo André.
Agência Estado

Um DJ com tatuagens que fazem alusão ao nazismo e fascismo tocou na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo no último domingo (02). Denunciado na internet pelo grupo Rash-SP, Enrico Tank teve sua participação cancelada na edição de Santo André do evento, que acontece no próximo dia 23.

Foto: Reprodução

Tank estava escalado para tocar na Parada de Santo André, mas foi cortado

A assessoria de Tank afirma que ele tem longo histórico como DJ de casas voltadas ao público LGBT e que as tatuagens foram feitas porque ele é “apaixonado por história de guerra”. Parte das tatuagens, segundo a assessoria, é antiga e foi coberta por outras imagens.

Nas fotos, divulgadas pelo grupo anti-intolerância Rash-SP, Tank tem uma tatuagem do ditador fascista italiano Benito Mussolini, e o número 88, representação da oitava letra do alfabeto, usado para simbolizar a saudação nazista “Heil Hitler”.

Também há símbolos usados pela organização racista White Power e a imagem da bandeira confederada americana, adotada por grupos racistas dos Estados Unidos.

A direção da parada de Santo André encaminhou o caso para a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) e para a Secretaria da Justiça. “O material de divulgação dele também foi retirado do nosso site”, disse Marcelo Gil, da ONG ABCD’S (Ação Brotar pela Cidadania e Diversidade Sexual), que organiza a parada.

A assessoria da parada de São Paulo ficou sabendo do assunto pela reportagem e ainda não se posicionou.

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