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Papa critica obsessão da Igreja com gays, aborto e contracepção.
O Papa Francisco disse que a religião tem o direito de expressar suas opiniões, mas não de “interferir espiritualmente” nas vidas de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, segundo entrevista publicada nesta quinta-feira (19) em uma rede de revistas jesuítas.
Francisco afirmo que a Igreja precisa “acompanhar” LGBTs e divorciados “com misericórdia” e “a partir de suas condições de vida reais”.
“Uma pessoa uma vez me perguntou, de maneira provocadora, se eu aprovava a homossexualidade. Retruquei com outra questão: ‘Quando Deus olha uma pessoa gay, ele endossa a existência dessa pessoa com amor, ou a rejeita e condena? Devemos sempre considerar a pessoa”, disse o Pontífice na entrevista.
“Em Buenos Aires, recebia cartas de pessoas homossexuais que são verdadeiros ‘feridos sociais’, porque me diziam que sentiam que a Igreja os condenava. Mas a Igreja não quer isso”, comentou Francisco.
“Não podemos continuar a insistir apenas em questões referentes ao aborto, ao casamento homossexual ou ao uso de anticoncepcionais”, declarou ao abordar o tema. O Papa também criticou obsessão da Igreja com aborto e contracepção.