Afinal, o que é o sereísmo? ‘Sereio’ explica esse estilo de vida

A novela “A Força do Querer” estreou na semana passada e uma das temáticas que será abordada no folhetim já está repercutindo na internet: o sereísmo. O movimento será abordado por meio da personagem de Isis Valverde, a Ritinha que acredita ser sereia e filha de um boto. Mas, afinal, o que é o sereísmo?
Para entender um pouco sobre o movimento, conversamos com Davi Moreira, 22, conhecido como “Sereio do Rio de Janeiro”, que faz parte do movimento há dois anos. “Conheci o sereísmo depois que ganhei o livro da Mirella Ferraz [professora de Isis para viver a sereia na trama], “Sereias: o Segredo das Águas”, pois sabia que tinha as sereias profissionais no exterior, mas não conhecia que existia esse movimento no Brasil também”, conta.
Segundo Moreira, o sereísmo não pode ser reduzido a apenas um termo, como “moda”, “hobby”, “religião” ou “profissão”. “Acredito que é uma aglomeração disso tudo. Tem gente que vive disso, tem gente que faz um culto as sereias, não é um hobby, já que não basta só usar a cauda e tem também toda a questão da moda, a vibe das conchas e estampas com sereias”.
Para Moreira, o sereísmo pode ser classificado como um estilo de vida que tem como premissa o amor ao mar. “Tem muito a coisa do ativismo ambiental e o respeito a natureza. A vontade de tratar o mar como se fosse a sua casa. Você levar o contato de um ‘ser’ metade humano e metade peixe, que pertence à natureza de forma mística, mostra a importância de lembrar que há vida no mar”.

O momento de virar “sereio”
Após ler o livro de Mirella, Davi começou a pesquisar vídeos na internet e ler mais sobre o assunto, o que fez com que ele resolvesse fazer parte desse “mundo místico”. “Sempre me senti assim, como se fosse uma sereia. Meu pai era pescador. Então, sempre vivi na praia, ficava o dia todo dentro do mar. Era um peixe fora d’água. Só me sentia bem quando estava mergulhando”, lembra.
Todas as interações na praia também remontavam a princesa Disney preferida de Moreira, Ariel. “Adorava ficar submerso, pegava a canga e enrolava minha perna, fazia uma cauda com a areia da praia e vivia catando conchinhas. Sempre achei esse universo maravilhoso. Para mim, o sereísmo é uma coisa que você tem que sentir primeiro, não basta só botar uma roupa e uma cauda. Você tem que sentir que pertence ao mar”, explica.
Veja famosos adeptos ao sereísmo:

