Para Cauã Reymond, a medida de seu trabalho tem nome: Sofia, sua filha de 5 anos com a ex, Grazi Massafera.
Em entrevista à revista “Claudia” de janeiro, o ator falou sobre sua relação com ela e como a existência da menina funciona como um norte para suas decisões pessoais e profissionais.
“Quando estou com a Sofia, faço tudo pensando nela”. Por isso, Cauã diz que conversou com a filha sobre o clipe “Your Armies”, da cantora Barbara Ohana, em que ele interpreta uma transexual.
“Ela me viu provando as perucas loiras, usando make. No início, estranhou, mas eu contei que era o trabalho do papai. Espero que a Sofia sinta orgulho de mim e dos meus papéis. E que a sexualidade de cada um esteja mais bem resolvida na cabeça de todas as pessoas”.
Este, aliás, não é o único trabalho recente de Cauã ligado à temática LGBT. No filme “Piedade”, criação do diretor pernambucano Claudio Assis que deve estrear em 2018, ele vive um gay que se envolve com o personagem de Matheus Nachtergaele. “Não quero dar spoiler, mas foi tranquilo transar com Matheus”.
Alçando voos cada vez mais altos na carreira — “Não Devore Meu Coração, filme em que atuou e produziu esteve este ano nos festivais de Berlim e Sundance —, ele não descarta uma carreira internacional.
“Se um filme meu cruzar a fronteira de um festival e surgir um convite, vou aceitar. Falo inglês muito bem e estudo espanhol”. Mas tudo isso depende, é claro, de Sofia. “Não há a menor possibilidade. Nunca ficaria longe [dela]”, diz sobre a possibilidade de morar permanentemente fora do país e abrir mão da convivência com a filha.
“É muito mais importante ser pai do que profissional bem-sucedido”, conclui Cauã.