Mais uma pessoa LGBT é agredida por grupo skinhead em Fortaleza
Mais um jovem relatou ter sido agredido por um grupo de “skinheads” no Bairro Benfica, em Fortaleza, na noite desta quinta-feira (19). Segundo o relato postado em redes sociais, “eram uns seis caras” vestidos de preto, que desferiram vários golpes.
“Me cercaram e começaram a me socar, eu só tive a reação de proteger a minha cabeça e gritar por socorro”, diz a vítima. Na mensagem, ele diz que conseguiu fugir em meio aos golpes. “Quando eu vi uma brecha entre dois deles, eu corri, atravessei a avenida, quase fui atropelado.”
Ele acredita ter sido um espancamento motivado por homofobia e racismo. “Enquanto eles me batiam, eu só ouvia algo relacionado a eu ser ‘viadinho e um preto imundo’.”
Os skinheads são grupos formados normalmente por homens, que preferem usar roupas pretas e corte de cabelo curto ou raspado. Eles espalham mensagens antissionistas, contra leis voltadas para minorias, e conteúdos xenofóbicos, homofóbicos e racistas.
Este é o quinto caso de uma pessoa LGBT que denuncia agressão por skinheads no primeiro mês do ano em Fortaleza.
Conforme a Secretaria da Segurança, o caso foi relatado a policiais na Praça da Gentilândia, no Bairro Benfica, onde funcionam diversos cursos da Universidade Federal do Ceará (UFC). O local é ponto de encontro de LGBTs.
Policiamento
Ainda conforme o relato da vítima, havia policiais próximo ao local, que fizeram uma ronda em busca dos agressores, mas não o encontraram. “Pedi socorro [aos policiais], expliquei a situação, eles com uma cara de má vontade deram uma volta, não acharam ninguém, voltaram, me indicaram a ir na delegacia”, continua.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social informou que a Polícia Militar foi acionada por “um jovem que denunciou ter sido alvo de agressões nas proximidades da Praça da Gentilândia, no Bairro Benfica”. “Os militares realizaram o patrulhamento pela região, no entanto, ninguém com as características descritas pela vítima foi encontrado”, continua a nota.
A Secretaria de Segurança orienta ainda que a vítima registre boletim de ocorrência para dar início a uma investigação. “Por fim, a SSPDS informa que as denúncias feitas via rede social estão sendo analisadas.”