Espírito Santo

“Ele falou que ali não era lugar de gay”, diz vítima de homofobia em terminal no ES

Família acredita que a situação foi motivada por preconceito e a vítima prestou o primeiro depoimento nesta quinta-feira (14). Ninguém foi preso ainda.

Rapaz foi muito agredido na cabeça, em banheiro de Terminal na Serra. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
Rapaz foi muito agredido na cabeça, em banheiro de Terminal na Serra. (Foto: Reprodução/TV Gazeta)
O auxiliar de serviços gerais de 33 anos, que foi espancando dentro do banheiro do Terminal de Laranjeiras, na Serra, prestou depoimento na tarde desta quinta-feira (14), depois de ter alta do hospital. O rapaz disse que o agressor falou que “ali não era lugar de gay”. A família acredita que a situação foi motivada por homofobia. Ninguém foi preso ainda segundo reportagem da TV Gazeta.

A agressão aconteceu na noite de terça-feira (12), por volta das 22h. A vítima apanhou tanto que desmaiou de dor e precisou ser internada no Hospital Jayme Santos Neves. A princípio, familiares registraram o caso como tentativa de latrocínio, pois a carteira e celular do rapaz foram levados. Entretanto, depois que ele conseguiu contar sua versão, perceberam o preconceito.

“Ele começou a me agredir dando socos, chutes. Ele falava que ali não era lugar de gay”, lembrou o rapaz.

O agressor fugiu. A segurança do Terminal encontrou a vítima sozinha no banheiro e acionou o Samu, que fez o socorro.

O rapaz teve alta nesta quinta. “Dói até agora saber disso. Vivenciar o que vivenciei ali, não desejo nem para um inimigo meu”, falou.

O namorado da vítima contou que os dois conversavam por mensagem pouco antes de as agressões começaram, na terça à noite. Ele achou estranho quando o rapaz parou de responder.

“Quando eu mandei a mensagem para ele, ele só visualizou e não respondeu mais. Era por volta de 22h. Nisso eu já fiquei preocupado, porque ele não é de ficar sem responder. Já fui acionando meus familiares, meus amigos, pra saber o que tinha ocorrido com ele”, disse.

A família agora quer as imagens do circuito interno do Terminal de Laranjeiras. Elas podem identificar quem foi o agressor.

“O medo fica e é muito grande, até porque agora qualquer pessoa pode ser um agressor”, finalizou a vítima.

O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, mas ninguém foi preso ainda. A Ceturb disse que já separou as imagens que ficarão à disposição da polícia para ajudar nas investigações.

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