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Inspirado em Lourival Bezerra Sá, Ary Fontoura será um homem trans na próxima novela da Globo

Ator veterano dará vida ao advogado Antero em A Dona do Pedaço.

Ary Fontoura caracterizado como Antero, seu personagem na novela A Dona do Pedaço. (Foto: Divulgação/TV Globo)
Ary Fontoura caracterizado como Antero, seu personagem na novela A Dona do Pedaço. (Foto: Divulgação/TV Globo)

Ary Fontoura interpretará um homem trans em A Dona do Pedaço, novela das nove que substituirá O Sétimo Guardião. Na trama de Walcyr Carrasco, o ator veterano dará vida ao advogado Antero, que esconderá sua transição para Marlene (Suely Franco), a mulher por quem se apaixonará.

De acordo com a colunista Carla Bittencourt, do jornal Extra, o autor se inspirou na história de Lourival Bezerra Sá, que morreu aos 78 anos. Só após sua morte foi constatado que ele era um homem trans.

Antero será o advogado que dará suporte a Maria da Paz, personagem de Juliana Paes, quando ela recomeçar a vida em São Paulo. Ele a ajudará nos trâmites para montar uma confeitaria e virar uma empresária de sucesso.

A história do personagem de Ary Fontoura inclui ainda um triângulo amoroso. Ele será vizinho de Marlene, com quem engatará um romance à moda antiga, mas também despertará o interesse de Evelina (Nívea Maria), mãe da protagonista.

Inspiração

A história real que inspirou o autor foi exibida em uma reportagem do Fantástico no início de fevereiro. Pouco antes de sua morte, Lourival confessou para a mulher que era sua cuidadora que era um homem transexual.

O autor se inspirou na história de Lourival Bezerra Sá, que morreu aos 78 anos. (Foto: Reprodução)

O homem chegou a ser casado e registrar cinco filhos adotivos que nunca desconfiaram que ele era transexual. Lourival usava faixas apertadas para esconder os seios e nunca permitiu que ninguém o visse sem roupa.

Seis meses após sua morte, a justiça de Campo Grande (MS) determinou que o corpo de Lourival, fosse sepultado com sua identidade masculina, usada por ele há mais de 40 anos.

O pedido, apresentado pela cuidadora e pelo filho da vítima à Defensoria Pública em Campo Grande foi acolhido pelo juiz Carlos Alberte Garcete de Almeida, da 1ª Vara do Tribunal do Júri, em março desse ano.

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