A ativista Fernanda Benvenutty morreu na tarde deste domingo (2), em João Pessoa, aos 57 anos. Defensora da cultura e da comunidade LGBTQI+, ela estava internada desde a noite do sábado (1º), quando passou mal e precisou ser internada em um dos hospitais da capital. Fernanda já lutava contra um câncer no estômago e nos últimos meses estava recebendo cuidados em casa.
A informação da sua morte foi confirmada por Paulo César, amigo e diretor da Escola de Samba Unidos do Roger, entidade que Fernanda estava como presidente. “O estado de saúde dela estava agravado por causa do câncer. Ela foi internada e ficou constatado que os rins estavam paralisados. Havia essa suspeita, pois ela demonstrava dificuldade para fazer necessidades básicas. Assim que ela deu entrada no hospital, foi para a UTI e na tarde deste domingo recebemos a triste notícia da sua morte”, disse.
Paulo ainda contou que mesmo sem boas condições de saúde, Fernanda participava das decisões relacionadas ao desfile de carnaval da Unidos do Roger, programado para o fim deste mês, durante o Carnaval Tradição de João Pessoa. “Não tinha nada que fizéssemos, que não fosse passado para ela e precisava ter o seu aval. Queria saber de tudo, mesmo estando em casa. Sempre conversávamos, as ideias eram discutidas e tudo dependia do seu sim”, contou.
Fernanda Benvenutty era natural de Remígio e deixa três filhos. O velório aconteceu neste domingo, no Ginásio do Guarany do Róger
A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) emitiu uma nota e lamentou a morte de Fernanda Benvenutty. “Ela que foi pioneira de muitas lutas e de muitas batalhas perdeu a vida vitimada pelo câncer. Nós estamos dilaceradas por perder tão importante personalidade, mas temos certeza que ela cumpriu o seu papel. E nos deixou um belo legado de luta e resistência”, disse a nota.
O prefeito de João pessoa, Luciano Cartaxo, também emitiu uma nota lamentando o falecimento de Fernanda Benvenutty, manifestando “sentimentos de profundo pesar e solidariedade”. Em nota, Luciano Cartaxo disse que “lamenta a grande perda que o movimento carnavalesco sofre com a passagem de uma das mais dedicadas defensoras do Carnaval Tradição de João Pessoa”.