Dentro do “BBB 23”, o ator Gabriel Santana beijou o médico Fred Nicácio e a psicóloga Sarah Aline; pediu beijos à biomédica Paula e à atriz e cantora Bruna Griphao, mas não conseguiu; e quase foi beijado pelo atendente de farmácia Bruno. Isso tudo, depois de ter se revelado bissexual para todo o Brasil, no discurso de apresentação para os colegas de confinamento. Já fora da casa, foi flagrado na noite beijando diferentes bocas. Mas, embora solteiro, o carioca de 23 anos afirma que é seletivo para ficar com alguém.
“Por mais que eu seja muito livre e bissexual, eu só gosto de ficar com pessoas com que me conecto. Em geral, eu converso, entendo a vibe e se faz sentido o beijo ou não. Eu não saio por aí beijando todo mundo, por mais que às vezes aconteça”, explica Gabriel, em entrevista ao site Extra.
Ao expor a sua orientação sexual no reality show, ele conta que tem recebido mais mensagens de gays pelas redes sociais. Mas não se sente confortável em flertar virtualmente.
“Sou horrível nisso. Eu não consigo flertar por Instagram, WhatsApp… Tenho preguiça. Sou mais do contato humano. Quer flertar comigo? Me chama para um bar, vamos sair, vamos a um parque, a uma festa…”, sugere o rapaz.
No programa, Gabriel também chamou atenção do público para a moda genderless, ou seja, sem gênero, ao usar cropped, peça de roupa comumente relacionado ao vestuário feminino. E conta que, dependendo do jeito que está vestido, atrai mais olhares de parceiros de um ou de outro gênero. E entrega que isso o aborrece.
“O flerte com homens ou mulheres depende muito do ambiente em que estou, é muito situacional. Em lugares com mais gente hétero, as mulheres flertam mais comigo. Mas se eu vou a uma festa LGBT, com certeza, mais homens me olham. Uma coisa que me deixa chateado é que, se estou com cropped, os homens gays chegam mais, as mulheres não se interessam. E não tem nada a ver! Quando eu me arrumo pra sair, não penso: ‘Hoje eu quero beijar homem, então vou colocar um cropped’. Por mais que eu esteja me desconstruindo, isso ainda tem muito a ver com o modo como a sociedade me enxerga, me categoriza”, analisa ele, que se identifica como um homem cisgênero e bissexual.
Gabriel diz que, antes do “BBB 23”, não escondia a sua sexualidade. E que expôs no reality ser bi porque achava que fazia sentido para o momento, queria se mostrar como, de fato, é.
“Mas, antes, eu nunca tinha escondido a minha bissexualidade no meu ciclo social, para a minha família ou nos rolês que eu ia. Isso nunca foi uma questão. Eu me descobri assim em 2019 e, desde essa época, em qualquer festa que eu fosse e me sentisse atraído por algum cara ou mina, eu não evitava ser fotografado ou filmado beijando porque poderia acabar com a minha carreira. Eu ficava com quem fosse e, se vazasse, lidaria naturalmente. Então, eu não saí do armário no “BBB”, eu já estava fora dele. Era só uma questão de tempo isso vir a público. Ali no programa, de alguma forma, fez sentido eu levantar essa bandeira”, enfatiza.