Distrito Federal

Em 2023, DF teve recorde de Paradas do Orgulho LGBTQIA+ com 17 edições

Eventos não apenas promoveram a visibilidade da comunidade, mas também serviram para reivindicação de direitos na capital do Brasil.

Esse a Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Brasília reuniu mais de 150 mil pessoas. (Foto: Ernane Queiroz/Gay1)
Esse a Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Brasília reuniu mais de 150 mil pessoas. (Foto: Ernane Queiroz/Gay1)

Em 2023, o Distrito Federal atingiu um marco significativo ao sediar um recorde de 17 Paradas do Orgulho LGBTQIA+, uma expansão notável que reflete a crescente conscientização, aceitação e celebração da diversidade na região.

As Paradas não apenas promoveram a visibilidade da comunidade LGBTQIA+, mas também serviram como plataformas para advocacia, expressão cultural e reivindicação de direitos, demonstrando o apoio contínuo à igualdade e à inclusão na capital do Brasil.

Brasília foi quem abriu a temporada de Paradas, seguidas por Santa Maria, Sobradinho 1, Itapoã, Guará, Cruzeiro/Octogonal, Planaltina, Candangolândia, Gama, Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Brazlândia, Sobradinho 2, Riacho Fundo 2 e Sol Nascente.

Para Michel Platini, coordenador da Parada de Taguatinga, as Paradas “são fundamentais para construir uma sociedade justa e inclusiva, celebrando a diversidade e consolidando direitos conquistados. Desempenham papel essencial nessas conquistas”.

Michel Platini, ativista LGBT+, presidente do Estruturação - Grupo LGBT+ de Brasilia, do CentroDH e Coordenador do Orgulho Tagua. (Foto: Reprodução/Instagram)
Michel Platini, ativista LGBT+, presidente do Estruturação – Grupo LGBT+ de Brasilia, do CentroDH e Coordenador do Orgulho Tagua. (Foto: Reprodução/Instagram)

Taguatinga é responsável pela segunda maior Parada do DF e esse ano, a cidade contou com uma grande programação, com direito a feira e competições de futebol e queimada. Mas o evento chamou atenção pelo protesto contra a aprovação de um projeto de lei que tenta proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

“Este ano, a Parada de Taguatinga denunciou tentativas de retrocesso ao casamento civil e às uniões. As Paradas fortalecem a democracia ao expor retrocessos, promovendo transparência e participação cidadã. São espaços de celebração da diversidade e reafirmação de direitos, contribuindo para uma sociedade mais plural. As Paradas LGBTQIA+ transcendem festividades, sendo plataformas vitais na construção de uma sociedade livre de preconceitos, fortalecendo direitos e alicerçando os valores democráticos”, afirmou Platini, que também é presidente do Estruturação, grupo LGBT+ de Brasília.

Participantes da Parada LGBTQIAP+ de Taguatinga em protesto contra PL que tenta proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. (Foto: Ernane Queiroz/Gay1)
Participantes da Parada LGBTQIAP+ de Taguatinga em protesto contra PL que tenta proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo. (Foto: Ernane Queiroz/Gay1)

Porém, Michel acha que algumas Paradas devem ter um tom mais político. “Acho importante que tenhamos paradas em todas as cidades, mas me preocupa a despolitização de parte delas. Cada parada precisa estar carregada de ativismo”.

O Grupo Judih-DF, foi o responsável pela realização da maioria das Paradas. Segundo Mauricio Martins, presidente da ONG, levar os eventos para periferias é motivo de orgulho para todos da militância.

“O DF se tornou a Capital do Orgulho, hoje temos paradas LGBT em quase todas as cidades satélites, algo incrível, pois a pouco tempo atrás não tínhamos isso. Chegamos nas periferias e hoje ocupamos quase todas as cidades, motivo de orgulho para todos da militância. As paradas mostram que existimos e estamos em todos os lugares, quer queiram ou não”, afirma Mauricio.

Maurício Martins, presidente do Grupo Judih-DF. (Foto: Reprodução/Instagram)
Maurício Martins, presidente do Grupo Judih-DF. (Foto: Reprodução/Instagram)

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