São Paulo

Museu da Língua Portuguesa recebe o selo de Direitos Humanos e Diversidade da prefeitura de São Paulo

Prêmio reconhece o trabalho que a instituição tem realizado junto à população em situação de rua por meio de projetos como o Festival Pop Rua.

Museu da Língua Portuguesa. (Foto: Ciete Silvério)
Museu da Língua Portuguesa. (Foto: Ciete Silvério)

O Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo de São Paulo, recebeu o Selo de Direitos Humanos e Diversidade da Prefeitura de São Paulo. É um reconhecimento da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania pelo trabalho que o Museu tem realizado junto à população em situação de rua. A entrega do prêmio aconteceu na terça-feira, dia 5 de dezembro, no Sesc Pinheiros, em São Paulo.

O trabalho teve início em dezembro de 2020, seis meses antes da reinauguração do Museu, por meio do Programa de Articulação Social. A área é responsável pela construção de uma rede com coletivos e organizações sociais que atuam no território da Luz, no centro da capital paulista. Também atende as populações em situações de vulnerabilização da região, que compreende os bairros da Luz, do Bom Retiro, da Santa Efigênia e dos Campos Elíseos, uma área com inúmeros equipamentos culturais, mas também com enormes desafios socioeconômicos. A partir desse trabalho, o Museu entende a cultura como um direito humano universal, ciente de seu papel transformador na sociedade à sua volta.

Foi a partir da articulação com o território que, entre 16 e 18 de agosto de 2023, o Museu da Língua Portuguesa e o Sesc São Paulo, em correalização com a Prefeitura de São Paulo, idealizaram e promoveram a primeira edição do Festival Cultura e Pop Rua – População em Situação de Rua e Direito à Cultura. Ao longo daqueles três dias, organizações, coletivos e projetos de diversos países, incluindo França e Argentina, e estados brasileiros, como Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, debateram temas relacionados aos desafios de movimentos sociais para a inserção de pessoas em situação de vulnerabilização em espaços culturais, como museus, e no mercado de trabalho.

Tendas de serviços para pessoas em situação de rua, tais como alimentação, saúde, corte de cabelo e embelezamento, banho, vacinação, emissão de documentos e atendimento de cuidado para cães e gatos, foram montadas na Praça da Luz, em frente ao Museu, durante o evento.

O trabalho junto às populações em situação de vulnerabilização da região, incluindo a em situação de rua, também acontece por meio do Programa de Vizinhos e seus Encontros com Vizinhos, quando o Museu se reúne com coletivos e organizações sociais do território para debater questões locais relativas à saúde, zeladoria, educação, redução de danos e cultura, entre outras. E também por meio da realização de projetos como o Falas do Corpo, que oferece gratuitamente, em parceria com o educador físico Denny Tavares e convidados, ginástica, oficinas e bailes às pessoas com 60 anos ou mais, ou por meio de visitas mediadas por suas exposições a grupos específicos, atendidos por equipamentos próximos ao Museu.

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