A Universidade de Brasília (UnB) deu um passo significativo na promoção da diversidade e igualdade ao aprovar, nesta quinta-feira (17/10), a criação de cotas para pessoas trans nos cursos de graduação. A decisão foi tomada durante reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), marcando mais uma conquista para a comunidade trans e para os movimentos sociais que lutam por maior inclusão no ensino superior.
A nova política busca reparar a histórica exclusão enfrentada por pessoas travestis e transexuais no acesso à educação. Com essa medida, a UnB se junta a outras universidades brasileiras que já adotaram iniciativas semelhantes. A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) foi pioneira, em 2018, ao reservar vagas para pessoas trans. Em 2019, a Universidade Federal do ABC (UFABC) seguiu o mesmo caminho, tornando-se a primeira em São Paulo a adotar essa política. Mais recentemente, em 2024, a Universidade Federal Fluminense (UFF) se destacou como a primeira no Rio de Janeiro a criar vagas específicas para pessoas trans.
A decisão foi recebida com entusiasmo por ativistas e membros da comunidade acadêmica. “Viva a mobilização de pessoas trans por uma universidade diversa! Tenho muito orgulho de fazer parte dessa luta”, celebrou um participante da campanha pela aprovação das cotas.
A inclusão de pessoas trans no ensino superior é um passo importante na luta contra a discriminação e na construção de uma sociedade mais justa e acolhedora. Com essa medida, a UnB reforça seu compromisso com a educação democrática e plural.
A implementação das cotas trans nos processos seletivos da universidade será detalhada em breve, e a expectativa é que as vagas já estejam disponíveis nos próximos editais de ingresso na graduação.