Dono de bar na Asa Norte é indiciado por impedir entrada de homem de saia
Caso de homofobia, ocorrido no Carnaval de 2024, foi investigado pela Decrin; Ministério Público já ofereceu denúncia contra o proprietário.

O proprietário de um bar de karaokê na Asa Norte foi indiciado pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) pelo crime de homofobia. A acusação formalizada no dia 9 de julho decorre de um incidente ocorrido no Carnaval de 2024, quando o empresário impediu a entrada de um homem que vestia uma saia em seu estabelecimento.
Segundo a investigação conduzida pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes por Discriminação (Decrin), a vítima, um jovem de 26 anos, usava trajes carnavalescos, incluindo shorts e uma saia de tule, e estava sem camisa. Ao tentar entrar no bar, ele foi recebido com truculência pelo dono do local.
Em sua tentativa de acessar o estabelecimento, o jovem chegou a vestir um casaco, mas mesmo assim teve sua entrada negada. A vítima relatou aos investigadores que outras pessoas, incluindo mulheres que usavam saias semelhantes, puderam entrar no bar sem qualquer problema.
O ponto central da denúncia é a fala do proprietário ao ser questionado pela vítima sobre o motivo da proibição. De acordo com o inquérito, o dono do bar teria dito: “Gente igual a tu vem vestido aqui desse jeito e fica levantando a perna e mostrando as coisas”.
Com a conclusão do inquérito policial, o caso foi encaminhado à Justiça. O Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) já ofereceu denúncia contra o acusado. Se condenado pelo crime de homotransfobia, o empresário pode pegar uma pena de três a oito anos de reclusão.





