A VERA VERÃO
por Ernane Queiroz
Jorge Luiz Souza Lima estudou balé clássico e viajou com a dança por Europa e Estados Unidos antes de migrar para a televisão. Nas telinhas, abriu portas para a comunidade LGBTQIA+ como uma drag queen e pedia respeito com seu bordão mais famoso: "Epa, bicha não!".
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Jorge Luiz adotou um sobrenome novo em homenagem à atriz Monique Lafond, de quem era fã. Antes de adotá-lo, ele pediu autorização à "dona", que não colocou obstáculos.
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Antes de se tornar um famoso humorista, Lafond trabalhou como cabeleireiro. No ofício, se encontrou como drag queen e passou a se apresentar em eventos de moda e beleza.
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Apesar de ter trabalhado como cabeleireiro, Jorge sempre manteve a careca — por escolha, não por genética. Ele contou que passou a máquina zero na cabeça pela primeira vez ao ser aprovado no vestibular de educação física, mas gostou do visual e decidiu mantê-lo.
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A drag queen interpretada por Lafond surgiu pela primeira vez ao lado dos "Trapalhões" de Didi e Dedé, apesar de ter ganhado projeção nacional no "A Praça é Nossa", em 1992 no SBT. No humorístico da Globo, a personagem era um soldado machão que voltou "diferente" após uma viagem ao exterior.
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Jorge afirmou em entrevistas que o apresentador o ajudou a se aceitar como gay na juventude. Mas a admiração acabou em 1992, quando o humorista disse ter sido alvo de "ironias e alfinetadas" no programa "Clodovil Abre o Jogo". Segundo Lafond, a condução da entrevista feita por Clodovil o fez perder a admiração que tinha pelo apresentador.
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Lafond ganhou uma enquete que perguntava ao público qual famoso queria ver na 2ª temporada da "Casa dos Artistas", em 2002. Mesmo com a vitória, ele fez apenas uma participação na estreia do reality. A participação como concorrente foi vetada pela diretoria do SBT.
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Em participação do "Domingo Legal", Jorge Lafond foi convidado a se retirar do palco para que o padre Marcelo Rossi se apresentasse. Em entrevista, ele confessou que a situação o chateou. "Me magoou muito. Se eu tivesse mandado ele para aquele lugar eu não estaria estressado como ainda estou".
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Lafond desfilou como madrinha de bateria da escola de samba Unidos de São Lucas, no Carnaval de São Paulo. O humorista ganhou o posto em 2002, quando a agremiação apresentou o samba-enredo "Humor, Humoral, Humorizado. Manuel de Nóbrega e os Filhos do Riso" em homenagem ao comediante.
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O ator contou que teve um longo romance com um jogador da Seleção Brasileira em seu livro. Lafond morreu anos depois sem revelar a identidade do amante misterioso. Ele deixou apenas algumas dicas sobre quem seria o atleta, afirmando que ele fazia parte da defesa da seleção e que o romance começou anos antes da Copa de 1998.
Publicado em 29 de Março de 2023
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