Mundo

Fotógrafa registrou casamentos de lésbicas durante um ano e o resultado é incrível

Ao longo de um ano, ela percorreu os Estados Unidos fotografando o grande dia de muitos casais formado por mulheres.

Ao longo do ano passado ela percorreu os Estados Unidos fotografando o grande dia de muitos casais. As fotos são lindíssimas, e na semana passada o Huffington Post bateu um papo com Grant sobre seu trabalho.

The Huffington Post: Como foi sua experiência como fotógrafa de casamentos LGBT?

Steph Grant: Foi no mínimo incrível! Quando comecei esta jornada para fotografar casamentos exclusivamente LGBT em 2014, eu não fazia ideia da aventura que seria. Por mais que eu adore fazer fotos de casamentos de héteros e que eu curta meus clientes corporativos, fiquei emocionada com este desafio. Pelo fato de todos os casamentos serem em Estados diferentes, minha sede de viajar e correr mundo foi saciada muitas vezes. Apenas no ano passado fui a trabalho para Nova York, Filadélfia, Califórnia, Aruba, Canadá, Nicarágua, Connecticut, Arizona e Havaí, para citar apenas alguns lugares. Mas, mais importante que isso é a sensação incrível de conseguir me relacionar com meus clientes em tantos níveis –não apenas como fotógrafa dos casamentos deles, mas também como algo mais profundo. Poder trocar histórias com eles sobre como saímos do armário, sobre nossas famílias e experiências de vida –tudo isso deu muito mais sentido ao meu trabalho. É isso o que é importante no meu trabalho: criar vínculos, contar histórias com as imagens que produzo e promover o amor, um casal feliz a cada vez.

O que significa para você a experiência de fotografar um casamento?

Como fotógrafa de casamentos LGBT, minha meta é conseguir que as pessoas olhem minhas imagens de casais felizes e apaixonados e esqueçam completamente quaisquer estereótipos anteriores sobre a comunidade LGBT que possam ter em seus corações e mentes. Não há necessidade de negatividade desse tipo. Em 2015, sei que vou continuar a conhecer clientes que apreciam a importância da arte e também a importância de sentir-se à vontade com a pessoa que vai fotografar seu casamento. É tão bacana quando pessoas que não conheço olham meus ensaios sobre casamentos e dizem que se sentiram como se tivessem estado presentes. Como se tivessem estado na primeira fileira da plateia, sentindo o amor que unia aquele casal.

Com seu trabalho como fotógrafa de casamentos LGBT, o que você quer que o mundo entenda?

Algumas coisas, na realidade:

1. Não esconda quem você é para evitar causar incômodo a outras pessoas. Passei a maior parte de minha fazendo isso e acho que desperdicei alguns anos cruciais me preocupando com o que os outros pensavam de mim. Isso me paralisava e me impediu de alcançar meu potencial pleno. Você é apenas uma pessoa, só existe esse “você”. A partir do momento em que você se aceita e descobre alguma coisa que o apaixona, as possibilidades são ilimitadas. Você pode mudar o mundo e fazer uma diferença.

2. Que é importante conversar francamente com seus filhos, amigos, familiares etc., sobre amar outros seres humanos e tratá-los como iguais. Nunca é agradável a sensação de estar sendo “tolerada” ou de ouvir “amo você, mas…”.

3. Que a gente não deve achar que é garantido e certo que poderá se casar. Você pode conhecer “a pessoa certa”, pode querer passar o resto de sua vida com ela, mas talvez não possa se casar com ela. Isso é uma tragédia, mas me orgulho dos avanços que fizemos nos Estados Unidos neste último ano. As coisas estão indo no rumo certo!

Para saber mais sobre a fotógrafa, clique aqui.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo