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Centro de Referência da Cidadania LGBT é inaugurado em Niterói, RJ

Espaço tem como função estimular, formular e indicar políticas públicas para a população LGBT. Novos centros serão instalados.

Centro de Referência da Cidadania LGBT é inaugurado em Niterói, RJ (Foto: Divulgação)

Por Dara Bandeira

O Governo do Estado, através do programa Rio Sem Homofobia, coordenado pela Superintendência de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, inaugurou nesta terça-feira um Centro de Referências da Cidadania LGBT em Niterói. O objetivo é dar prosseguimento à meta de instalação dos 13 Centros de Referências até 2014.

A cerimônia ocorreu na sede do Centro de Referência, que fica no prédio anexo da Fundação Leão XIII, no Ingá, na Rua Visconde de Morais, sem número. Além da inauguração, a cerimônia marcou o lançamento da Revista Rio Sem Homofobia, que traz um balanço das ações do Governo do Estado e um histórico da gestão do programa.

De acordo com o superintendente e coordenador do Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento, o Centro é mais uma ação em prol da população LGBT. “Todos esses atos fazem parte do Programa Rio Sem Homofobia, que é composto de ações estratégicas e apresenta mecanismos de enfrentamento à vulnerabilidade da população frente às diversas situações de exclusão. O intuito é implantar ações de combate à discriminação e promoção da cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais”, afirmou.

O evento foi marcado por uma homenagem a Angélica Ivo, mãe de Alexandre Ivo, de 14 anos, que foi torturado e assassinado em junho do ano de 2010, em São Gonçalo, vítima de homofobia. Alexandre será patrono in memoriam do Centro de Referência da Cidadania LGBT de Niterói. Além de uma homenagem a um jovem de 19 anos, que foi espancado na cidade por uma gangue homofóbica, e teve que passar por diversas cirurgias e tratamentos médicos após o crime.

Alta nos registros de crimes homofóbicos
Em relatório divulgado na última semana pelas Secretarias de Assistência Social e Direitos Humanos e Segurança, houve alta de 78% de registros de ocorrências em um ano. Números podem ser ainda maiores porque só as Delegacias Legais registram casos por homofobia. Angélica Ivo afirma que a homofobia é mais abrangente do que aparenta. “A importância é que durante esses dois anos, tudo que venho falando e reportando à sociedade é que a homofobia não está só dentro do contexto LGBT. Nós precisamos nos dar conta disso e fazer com que as pessoas desenvolvam respeito pelo ser humano e, sobretudo, pela vida.”, afirmou.

Segundo a coordenadora do Nudiversis – Núcleo de defesa da diversidade sexual dos direitos homoafetivos –, Luciana Mota, o Centro de Referência é uma ferramenta importante não só para comunidade LGBT, mas para toda a população Fluminense. “É um trabalho para que haja uma sociedade mais justa, pois a partir do momento que se cria um órgão do Governo aqui na cidade, as pessoas que moram na região podem ter onde recorrer quando tiverem problemas de discriminação, social, psicológico, ou até mesmo uma oportunidade de emprego.”, ressaltou.

O Centro de Referência vai funcionar de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Contará com atendimento jurídico, social e psicológico para LGBT, seus familiares e amigos, vítimas de violência ou em busca de direitos. Além disso, o espaço tem como objetivo capacitar gestores públicos sobre a homofobia e cidadania. O início do atendimento ao público será a partir do dia 18 de junho. Segundo o coordenador e superintendente do Rio Sem Homofobia, Cláudio Nascimento, a próxima inauguração está prevista para os próximos dois meses na cidade de Nova Iguaçu.

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