A Nigéria promete não tolerar lésbicas praticando futebol feminino.
Do Gay1 Esporte, com ESPN.com.br
Na Nigéria, ser lésbica, gay, bissexuais, travesti ou transexual é crime, podendo ser punido, inclusive, com pena de morte em alguns estados. O país também apresenta um dos mais altos índices de violência contra LGBTs, e a homofobia não é vista como forma de discriminação, portanto, não possui uma legislação específica.
Em declarações publicadas por veículos locais, Onyedinma afirmou que jogadoras lésbicas serão demitidas de seus clubes e impedidas de defender a seleção. “Qualquer atleta que descobrirmos ser associada com isso, será desclassificada”, explicou a dirigente, que quer a ajuda dos clubes para o ‘sucesso’ de sua medida.
A perseguição contra as lésbicas na Nigéria teve início em junho de 2011, quando a técnica da seleção do país, Eucharia Uche, o ex-assistente técnico James Peters e o assessor da NFF Ademola Olajire afirmaram que sacaram lésbicas do time. “Quando trabalhei na seleção, saquei jogador não porque não eram boas, mas porque eram lésbicas”, afirmou.
Posteriormente, Uche afirmou que lésbicas jogando estava superado na Nigéria. “Nós estamos vendo o resultado de nossos esforços, e hoje posso dizer a vocês que o lesbianismo(sic) é uma coisa do passado na seleção da Nigéria”. Na ocasião, a Fifa se limitou a se posicionar ‘contra a discriminação’ e que ‘conversaria com Uche sobre as declarações’.
Na última Copa do Mundo Feminina, em 2011, sob o comando de Uche, a Nigéria foi eliminada na primeira fase, na terceira colocação, no ‘grupo da morte’, que tinha Alemanha, França e Canadá. Já na última edição do Mundial sub-20, também organizado pela Fifa, as nigerianas conseguiram a quarta colocação, perdendo para o Japão a disputa de terceiro lugar.
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