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Parada alternativa da Escócia bane drags para não gerar ‘desconforto’ entre trans

Do Gay1

A organização da Free Pride Glasgow disse que está preocupada que transexuais ou aqueles que não têm um gênero definido possam se sentir “desconfortáveis” com as performances das drag queens.

Foto: NurPhoto/REX Shutterstock

A organização da Free Pride Glasgow disse que está preocupada que transexuais ou aqueles que não têm um gênero definido possam se sentir “desconfortáveis” com as performances das drag queens.

A Free Pride Glasgow, que orgulha-se de ser uma alternativa “anti-comercial” à principal Parada do Orgulho LGBT da maior cidade escocesa, decidiu que drag queens não serão bem-vindas na próxima edição do evento, que será realizado no dia 22 de agosto.

No comunicado em que descreve as razões para a proibição, a organização da Free Pride Glasgow disse que está preocupada que transexuais ou aqueles que não têm um gênero definido possam se sentir “desconfortáveis” com as performances das drag queens. Historicamente, essas personagens sempre tiveram um papel ativo nas Paradas LGBT ao redor do mundo.

“Há uma sensação dentro da comunidade de transexuais e não-binários que as performances das drag queens, particularmente as cisgêneros, giram em torno da visão social de gênero e transformam isso em uma piada, embora indivíduos transgêneros não considerem sua identidade de gênero uma piada”, afirmou o grupo. “Essa situação é particularmente difícil para aqueles que não se assumiram e ainda se apresentam com o gênero de seu nascimento. Embora tenha sido discutido se poderíamos ter performances de drag queens transexuais, foi acordado que não seria apropriado perguntar às artistas se elas se identificam ou não como transexuais”.

A direção da Free Pride Glasgow avisou, no entanto, que nenhum participante será proibido de usar as roupas que quiser no ato, as drag queens apenas não farão apresentações como parte do desfile oficial.

A Pride Glasgow, a parada oficial do Orgulho LGBT da cidade, disse que entende o raciocínio por trás da decisão do evento alternativo, mas ressaltou que o banimento das drag queens é o “contrário do que um evento inclusivo deve ser”.

“A Pride Glasgow teve uma discussão similar em 2010, sobre como as drags queens poderiam causar desconforto para as pessoas. No entanto, chegamos à conclusão de que drag queens e drag kings desempenham um papel importante na história do movimento do orgulho gay e devem ser incluídos no evento”, informou a organização da Parada oficial.

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