Foto: Ricardo Toscani
Lea T. no backstage de verão 2016 da Têca.
Quatro anos após se submeter a cirurgia de redesignação sexual, Lea T (35) contou que sente o mesmo prazer na hora do sexo. Na entrevista, feita para a revista “Playboy” do mês de abril, a modelo lembrou a sua primeira vez após o procedimento cirúrgico.
“Foi fofo. Podia ter feito com outro, mas tive sorte e ele foi supercuidadoso. Ah, era a primeira vez. A segunda foi melhor. E o prazer é igualzinho, é muito doido, não existe esse negócio de que não tem orgasmo”, afirmou. “O pênis é como um clitóris que se desenvolveu. Na operação, eles encolhem e embolam os nervos para transformar em um clitóris, então você tem o mesmo tipo de sensação de antes”, explicou.
A modelo mineira disse que, antes da cirurgia, não teve a experiência de penetrar alguém. “Não aceitava. Não via como algo natural”, afirmou. No entanto, ela confidenciou que gostaria de saber como seria a sensação: “Se hoje minhas amigas perguntassem ‘você gostaria de ter um pinto por uma semana?’, eu teria essa curiosidade, para provar como é penetrar uma mulher, a sensação. Não é que eu gostaria de voltar a ter um pênis. Nem lembro assim do meu, é como se nunca tivesse tido”.
Lea, que na entrevista disse não ligar para homem bonito, “mas inteligente”, falou que tem uma relação ambígua com seu corpo. “É de altos e baixos. Tem dia em que você se olha e está ótima. No outro, um lixo. Mas hoje estou mais tranquila porque já lutei contra várias coisas nele”, afirmou.
Ela confirmou que já recusou um convite para posar na “Playboy” porque o pai foi contrário à ideia, mas não teria problema de ficar nua em um ensaio. “Não tenho problema de ficar pelada, mas acho que não seria muito vendida. Não sou uma Bond Girl. Imagina esse bruxão de cabelo preto comprido, magrela desse jeito. Não sei…”, avaliou.
Novo nome artístico: Lea Cerezo
Famosa pelo nome artístico em homenagem ao estilista Riccardo Tisci, que impulsionou a carreira da modelo, Lea T passou a assumir, nas redes sociais, o nome de Lea Cerezo.
“Acho que hoje sou mais Lea Cerezo. Eu mudei. Na época era mais ligada à Givenchy, ao Ricardo. O ‘T’ na verdade foi por causa da mãe dele. Na época em que estava com medo do meu pai não me aceitar, fui chorar na casa dela, que me disse: ‘Não se preocupe, se a sua família não te aceitar, você é uma Tisci'”, se recordou a modelo, que não se incomoda de ainda ser chamada pelo nome com o qual ficou conhecida.
