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Alvo de ataque, boate Pulse em Orlando vai virar memorial LGBT

Do Gay1 Mundo

Alvo de ataque, boate LGBT em Orlando vai virar memorial

Foto: DAVID MCNEW / AFP

Em uma vigília em Los Angeles, Alison Cosio segura a foto de seu amigo Christopher Sanfeliz, morto em ataque à boate Pulse.

A prefeitura da cidade de Orlando, nos Estados Unidos, fechou um acordo com os proprietários da boate Pulse para transformar o local em um memorial às 49 vítimas do maior ataque a tiros em massa do país, em junho. As informações são do jornal local “Orlando Sentinel”, que aponta o valor da proposta acordado em US$ 2,25 milhões.

Mas, por enquanto, a transformação deve levar entre um ano e um ano e meio para acontecer — isto por conta não só dos estudos para reestruturação do local, mas também em respeito às pessoas que têm visitado o lugar para prestar homenagens, deixar fotos, bilhetes, bichinhos de pelúcia, entre outros. Até mesmo a agora derrotada candidata à presidência do país, Hillary Clinton, deixou flores ali, em julho. Barack Obama também visitou o local poucos dias após o ataque.

“Há muitas pessoas que estão incluindo a visita ao lugar como parte de suas viagens, de suas experiências em Orlando. Então, acredito que é apropriado deixar as coisas como estão por um tempo entre 12 e 18 meses”, afirmou o prefeito da cidade, Buddy Dyer, ao “Sentinel”.

A boate Pulse era um ponto de referência na cena LGBT da cidade antes que Omar Mateen matasse 49 pessoas e deixasse outras 53 feridas nas primeiras horas do domingo 12 de junho de 2016, em que ocorria uma festa de tema latino. A primeira vez em que o prefeito demonstrou a intenção de comprar a boate foi em agosto, em uma entrevista de rádio.

Dyer afirma que é possível que partes originais da boate sejam deixadas intactas no memorial, mas ressalta que a população será consultada sobre seu desenho.

“Queremos criar algo em honra à memória das vítimas que morreram e aquelas que foram feridas, em um testemunho da resiliência de nossa comunidade”, destacou Dyer.

O prefeito apontou também que o memorial permitirá ajustar questões de segurança e organização no local, uma vez que a “peregrinação” de pessoas que buscam a boate, fechada desde o ataque, tem causado distúrbios a moradores e comerciantes locais — sobretudo em questões de estacionamento e obstrução de calçadas.

A proprietária da Pulse, Barbara Poma, abriu a boate em 2004, dando a ela este nome em homenagem ao seu irmão John, que morreu após contrair a HIV em 1991. Barbara foi a primeira pessoa a pedir que o local se tornasse um memorial em homenagem às vítimas.

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