Pois é queridos, olha eu aqui para falar desse assunto chato que é a gordofobia. E se está ruim para quem ouve, imagina só para quem sofre com ela diariamente?
Falar sobre isso, não é tarefa fácil, ainda mais quando pensam que o fato de alguém ser discriminado por ser gordo, é culpa da própria pessoa, “que não sabe fechar a boca e parar de comer”. A Máxima da desonestidade intelectual é culpar a vitima pela opressão que ela sofre. E fazendo uma análise rasa dessas situações, levando em conta que vivemos em um Estado que normatiza e institucionaliza opressões, para que se mantenha a estrutura de poder e desigualdade social entre classes, não me surpreende que as pessoas reproduzam discursos como este, culpabilizando as vitimas do sistema opressor. E como esquecer a clássica frase de Simone de Beauvoir:” O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos”?.
É este mesmo o sentimento quando me deparo com um LGBT ou qualquer outra minoria reproduzindo preconceitos que muitas das vezes o atinge, mas ele está tão cego que não consegue perceber. É disso que se trata o poder do estado de institucionalização de opressões.
Por isso, falar sobre qualquer movimento social e lutas contra opressão, se torna tão necessário, pois somos iguais em sermos diferentes.
E ser o espaço Gordo do Menino Gay me ensinou muita coisa a respeito deste assunto: Falar sobre Gordofobia no mundo LGBT é extremamente difícil, pois a normatividade, a padronização e o egocentrismo em torno do mundo GAY é enorme, e para que o circulo opressivo pare de nos atingir tanto, é preciso começarmos a repensar algumas de nossas atitudes no dia a dia e também nas redes sociais!