A transformista Guiga Barbieri, de 35 anos, foi eleita a 37ª Miss Brasil Gay representando o estado de Minas Gerais. Durante a cerimônia, ela demonstrou favoritismo do público, que a aplaudiu a cada entrada no palco.
O traje de gala surpreendeu os jurados, com uma asa tecnológica que era acionada por controle remoto. Já o vestido teve cristais – inspiração que veio das cachoeiras de Minas Gerais.
Barbieri recebeu a coroa da Miss Sheila Veríssimo, que tinha sido a última eleita, em 2013. Desde então, a edição não foi realizada, até que voltou à cidade de Juiz de Fora em 2017.
O tema do desfile foi “Masculino e Feminino, a arte do transformismo” e a cerimônia foi conduzida pela jornalista da TV Integração, Érica Salazar e pela drag queen, Ikaro Kadoshi.
A Miss Amazonas, Nathália Lopes, ficou com o título de Júri Popular, após votação do público pela internet. Já a Miss Santa Catarina, Aysha Rubio, foi a Miss Simpatia escolhida pelas outras candidatas.
Das 27 candidatas, cinco foram finalistas. Além da Miss Minas Gerais, representantes de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Paraná passaram para a fase final.
História do concurso
O Miss Brasil Gay foi criado em 1976, em Juiz de Fora, pelo cabeleireiro Francisco Mota. Candidatas de 26 estados brasileiros e o Distrito Federal disputam a faixa de mais belo transformista do país. Em 2007, o evento se tornou patrimônio imaterial do município.
A principal regra é que os concorrentes sejam do sexo masculino, não sejam travestis ou transexuais. Portanto, são proibidas intervenções cirúrgicas estéticas entre eles.
Além de ter a presença de artistas reconhecidos nacionalmente, o concurso tem o objetivo de se tornar um instrumento de luta pelos direitos LGBT no Brasil, além de marcar Juiz de Fora como rota do turismo para o público LGBT nacional e internacional.
O evento ocorreu em meio às atividades do Rainbow Fest, organizado pelo Movimento Gay de Minas (MGM), que movimentou diversos setores na cidade com palestras, debates e eventos culturais até o último domingo (20).