Com desistência do Rio, Hong Kong é escolhida como sede do Gay Games 2022
Considerada favorita para ser sede do ‘Gay Games 2022’, o Rio de Janeiro retirou o interesse do evento e Hong Kong foi anunciada como a escolhida. Cidade derrotou candidaturas dos Estados Unidos e do México e se tornando a primeira metrópole da Ásia a receber o evento esportivo e cultural voltado para promoção LGBT.
A vitória chega no momento em que movimentos de direitos LGBT de outras partes do continente ganham força. Em 2017, o Tribunal Constitucional de Taiwan declarou que os casais de mesmo sexo têm direito a se casar legalmente, o primeiro veredicto do tipo na região.
A Federação do Gay Games (FGG, na sigla em inglês) preferiu Hong Kong a Guadalajara e Washington em uma votação ocorrida em Paris na segunda-feira (30). Um número recorde de 17 cidades manifestou interesse em sediar os jogos de 2022, 13 delas nos EUA.
“O impacto que os Gay Games têm nas cidades-sede é incrível em termos de cultura, esporte, impacto econômicos, história e, o mais importante, em elevar todas as questões de igualdade LGBT+”, disse a FGG em um comunicado.
Os jogos são promovidos como a maior congregação LGBT global de esportes e cultura – mas os participantes não têm que ser necessariamente LGBTs, disseram os organizadores.
Os defensores da candidatura de Hong Kong descreveram os jogos como uma conquista para o status da comunidade LGBT da cidade.
“Este é um grande passo adiante para a própria Hong Kong conseguir conquistar estes jogos mundiais, e também um grande passo para a inclusão da diversidade”, disse Alfred Chan, presidente do conselho da Comissão de Oportunidades Iguais de Hong Kong, uma entidade estatutária que apoio a candidatura.
Casamento igualitário não é reconhecido
Hong Kong, ex-colônia britânica cosmopolita, voltou ao controle chinês em 1997 mediante a fórmula “um país, dois sistemas”, que promete um alto grau de autonomia e liberdades inexistentes na China continental.
Embora a discriminação baseada na orientação sexual seja ilegal, o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é reconhecido no território.