Com Pabllo Vittar, Daniela Mercury e Valesca, Parada LGBT colore orla de Copacabana
Com cerca de um mês de atraso e sem apoio da Prefeitura carioca, a Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, recebeu, na tarde deste domingo (19), a 22ª Parada do Orgulho de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersex.
Segundo os organizadores, pelo menos 800 mil pessoas participaram do evento.
Desde o começo da manhã, seis trios elétricos já estavam estacionados na Avenida Atlântica, próximo ao Forte, para dar início ao evento, que começou às 14h e terminou por volta das 19h40. Ao meio-dia, já era intensa a movimentação do público à espera dos shows.
Daniela Mercury, Valesca Popozuda, Preta Gil, Iza e Pabllo Vittar foram algumas das principais atrações. Antes do evento, nas redes sociais, as cantoras já davam o tom das apresentações deste ano, que ganhou contornos de luta política.
Já durante a apresentação, Preta Gil, como de costume, brincou com os fãs, que foram ao delírio quando chamou Pabllo Vittar para cantar. Ao assumir o microfone, por volta das 16h20, na Avenida Atlântica, entre as ruas Sá Ferreira e Sousa Lima, Preta se declarou para o público.
“O meu partido é vocês. Eu vim aqui para cantar”, disse, antes de começar o show.
Pabllo Vittar contou oito músicas. Durante um princípio de confusão, a cantora se irritou:
“Não viemos aqui para brigar, p(*)! Quer brigar, vai para casa”.
Antes dela, a cantora Teresa Cristina também brincou com a multidão e puxou um “beijação” da parada. Com um “porém”, ela ressaltou que só o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, não poderia entrar no ato.
“Beija ele, beija ela, só não beija a boca do Crivella”, ironizou Teresa.
O prefeito, aliás, foi alvo de protestos. Umas das faixas do evento dizia: “Bem na sua cara, Crivella”. Em outro cartaz havia um “Fora Crivella”.
Organizada pelo Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBTI, a Parada do Orgulho do Rio é uma das maiores do país. Neste ano, a parada defendeu a diversidade sexual e a liberdade de gênero e fez criticas ao retrocesso da prefeitura.
“O movimento LGBT vem sofrendo uma pressão com um governo fundamentalista na cidade do Rio de Janeiro, que atua para enfraquecer o que foi conquistado de direitos até agora”, declararam os organizadores, que nomearam o evento deste ano como “Parada da Resistência”.
Neste contexto, o tema desta 22ª Parada LGBTI foi “Resistindo à LGBTIfobia, fundamentalismo, todas as formas de opressão e em defesa do Rio”.