O Prêmio do Orgulho LGBT 2017, um dos mais importantes do DF, realizado na noite dessa segunda-feira, 20, é uma celebração realizada pelo grupo Jovens Unidos por Direitos Humanos (JUDIH-LGBT). Nela é reconhecida a importância de indivíduos, organizações da sociedade civil, empresas e órgãos públicos que se destacaram no campo cultural, político, empresarial e de ativismo, com ações de visibilidade ou benefícios, fortalecendo a cidadania e direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
Neste ano, o evento aconteceu no auditório da Câmara Legislativa. Foram 7 categorias premiadas e mais homenagens especiais, entremeadas com apresentações da artista Leonora Áquilla.
O Gay1 ganhou o prêmio como um importante portal de entretenimento e notícias nacionais e internacionais, ajudando a disseminar informações de qualidade, atualizadas diariamente e numa linguagem acessível que contribui para a instrumentação da comunidade LGBT, assim como a diminuição do estigma e da LGBTfobia.
Ernane Queiroz, idealizador do portal, foi quem recebeu o prêmio e lembrou da importância da informação passada corretamente e pela conquista:
Com este, o Gay1 soma um numero de 8 prêmios de Direitos Humanos, entre eles o do Grupo Arco Íris do Rio de Janeiro, um dos mais importantes e antigos do Brasil e um da presidência da república.
Três pessoas foram escolhidas pela organização do evento e quatro escolhidas por voto popular no hostsite do prêmio. “As pessoas tem o poder de participar e votar em quem elas acham que foi motivo de orgulho nos últimos meses”, diz Mauricio Martins, presidente da JUDIH-LGBT.
“Reconhecer os trabalhos das pessoas na luta por direitos iguais é motivação para que elas continuem lutando cada vez mais para que nenhuma pessoa LGBT seja estatística da violência disfarçadas em discursos de fundamentalistas e na ignorância de uma população que não consegue conviver com as diferenças”, explica o jovem militante, que é destaque no DF por sua atuação em prol dos direitos humanos e presidente do fórum de Paradas LGBT do DF.
Em sua sexta edição, o prêmio homenageou os parlamentares Ricardo Vale e Erika Kokay. O distrital Ricardo Vale se torna uma das principais pessoas na luta pelo avanço nos direitos LGBT, se destacando em Brasília por sua incansável batalha. Aliado e cada vez mais próximo do movimento LGBT, o deputado chegou para mostra que LGBTfobia não tem vez, e tem se destacando pelo seu mandato na luta pelos direitos humanos.
Na votação popular, quatro categorias acumularam mais de 10 mil votos, fazendo dessa edição a maior de todas.
Ruth Venceremos levou na categoria Arte e Cultura, concorrendo com mais outras seis artistas LGBT. “Dedico esse prêmio a todas outras que disputaram comigo, mas principalmente a Allice Bombom, que é nossa inspiração, nossa primeira inspiração”, discursou a drag, que faz parte do movimento Distrito Drag.
Com votos disparados na frente, as Mães da Diversidade ganharam na categoria Responsabilidade Social. Já na categoria Ativismo, a jovem transexual Melissa Massayury levou a melhor.
Paula Benett foi a última premiada da noite com quase dois mil votos na categoria LGBT mais influente. A transexual ativista concorreu com outras seis pessoas conhecidas por meio das suas atações voltadas ao público LGBT, como paradas, eventos, festas, campanhas e outra atividade que são motivo de luta por mais avanços.
“Começo agradecendo a Deus por me permitir desfrutar de um momento único e especial em minha vida, agradeço minha família, as pessoas amigas e apoiadoras, sem vocês nada disso seria possível”, comemora Paula.
Gestora de Políticas Públicas LGBT no Governo do Distrito Federal, a ativista trans lembra que o prêmio é um reconhecimento de batalhas diária e dedica aos milhares de LGBTs que tem seus direitos negados. “Ofereço este prêmio a todas as pessoas LGBT, as mulheres e pessoas negras que perderam a vida para a LGBTfobia, o machismo e o racismo, a todo movimento LGBT e trans que lutam a cada dia por um mundo melhor sem violência e as pessoas que anseiam por uma sociedade mais igualitária, sem nenhuma forma de preconceito”, finaliza Benett.