A administração do presidente Donald Trump proibiu que funcionários de uma agência do Departamento de Saúde americano usem 7 palavras e expressões em documentos que estão sendo preparados para o orçamento do próximo ano. A informação foi revelada pelo jornal “Washington Post” na noite desta sexta-feira (15).
As palavras proibidas são:
- Vulnerável
- Direito
- Diversidade
- Transgênero
- Feto
- Baseado em evidência
- Baseado na ciência
Os analistas dos Centers for Disease Control and Prevention (Centros de Controle e Prevenção de Doenças, ou CDC, na sigla em inglês) foram informados da lista de palavras proibidas na última quinta-feira em uma reunião com autoridades seniores do CDC que revisam o orçamento. Um dos analistas falou ao jornal sob condição de anonimato.
Segundo o analista, os colegas presentes na reunião ficaram “incrédulos” e reagiram dizendo: “É sério?”, “É brincadeira?”. Entre as diversas responsabilidades dos CDCs estão trabalhos sobre a prevenção de HIV entre pessoas transexuais e anomalias associadas ao vírus da zika, o que inclui pesquisas sobre o desenvolvimento de fetos.
O porta-voz do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, ao qual os CDCs são ligados, disse ao jornal que “continuará a usar a melhor evidência científica disponível para melhorar a saúde de todos os americanos”.
O “Washington Post” observa que a questão de como abordar temas como orientação sexual, identidade de gênero e direito ao aborto surgiu em diversos departamentos desde que Trump tomou posse nos EUA, no início deste ano.