A escadaria da estação da Lapa, em Salvador, recém-pintada com as cores do arco-íris tem chamado a atenção de quem passa pelo local. Ato é do Grupo Gay da Bahia (GGB) para marcar o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, que teve exatamente os 30 degraus coloridos na ação chamada ‘Tire o Preconceito do Caminho que Vamos Passar’. Cores ficam até o dia 21 de junho.
Com o semblante surpreso, o atendente Edson Souza, 25 anos, aprovou a ação na estação por onde transitam cerca de 800 mil pessoas diariamente. “Amei! Aqui é o lugar por onde passa toda a Salvador e o preconceito é o que a gente mais vive hoje. Por que eu aprovo? Porque sou isso, né gata?”, gargalhou o atendente com a mão na cintura. “O preconceito tem que acabar. Já sofri muito, mas hoje nem ligo. Pago minhas contas, né? Oxe, me deixe”, finalizou, orgulhoso em entrevista ao site Correio24Horas.
Logo depois, uma jovem que não quis se identificar perguntou: “Isso é o que eu tô pensando que é?”. Diante da resposta positiva, ela acrescentou animada: “Logo vi! Tem gente que vai se impactar, gente que vai achar absurdo, mas achei massa!”, aprovou a garota que todo dia sai do Garcia até a estação da Lapa para cuidar dos oito cachorros e 45 gatos que moram com a mãe no Pau Miúdo. “Lá no apartamento não tem espaço e meu marido não gosta”, justificou rindo.
Então, logo entregou que muitas amigas suas vão gostar da novidade na estação da Lapa, principalmente uma que era evangélica e decidiu sair da Igreja porque não estava feliz em esconder sua orientação sexual.
“Ela não quis mais se esconder, mas ainda tem muita gente infeliz que fica se reprimindo. São todos seres humanos e temos que ter respeito”, defendeu a jovem.
Esse foi justamente o mote da ação que aconteceu na tarde desta segunda-feira (21) e contou com presença de ativistas políticos e entidades governamentais. “Importante lembrar que as cores do arco-íris representam a diversidade de pessoas. A bandeira é muito mais do que LGBT”, destacou Millena Passos, que é coordenadora do GGB, diretora da União Nacional LGBT e assessora técnica da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM).
“A gente vive numa sociedade machista, sexista, lgbtfóbica e temos que começar a compreender a diversidade”, reforçou Millena.