O uso da homofobia pelo fascismo não irá parar após as eleições

(Foto: Reprodução)

O Fascismo é um movimento violento de manipulação de massas que se utiliza das descrenças na democracia, no ódio as diferenças e na derrocada econômica como combustível para seu crescimento. No Brasil de 200 milhões de pessoas, mas com uma das piores distribuições de renda do planeta, e com um déficit educacional imenso, foi relativamente fácil em pouco tempo legitimar um candidato fascista a presidente da república. Tal como em muitos outros países no qual ditaduras de esquerda ou de direita foram instaladas, no Brasil os homossexuais também são o principal alvo dos discursos acusatórios que tem como objetivo unir grupos de pessoas que tenham os homossexuais como inimigos comuns.

Homossexuais identificados com o triângulo rosa presos nos campos de concertação nazistas. Centenas foram mortos fuzilados e em câmaras de gás. (Foto: Reprodução)

O candidato à presidência da república, que hoje representa abertamente os ideais fascistas, se utilizou da homofobia durante 27 anos para arregimentar cúmplices. Cometendo toda sorte de crimes de calúnias contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, ele sempre esteve covardemente protegido pelas prerrogativas da imunidade parlamentar e de grande conivência de todos os outros partidos políticos. Muitos dos quais viam nele um perfeito antagonista para que pudessem eles mesmos também crescer em visibilidade. Os homossexuais sempre foram vistos como um ótimo palanque para plataformas de ódio, por serem um grupo extremamente disperso e com grandes dificuldades de organização e comunicação interna. Afinal, nada mais diferente de um homossexual do que outro homossexual.

(Foto: Reprodução)
Hoje uma parte da população brasileira está abertamente e conscientemente apoiando e fazendo campanha para um candidato fascistas que fez da política uma capitania hereditária, colocando parte de sua parentela para parasitar o poder legislativo nos três níveis (municipal, estadual e federal). Uma pequena parte da população homossexual do país resolveu também apoiar o fascista, numa procura desesperada de que caso eleito, esses gays e lésbicas tenham algum tipo “habeas corpus” social e possam não serem atingidos pela onda de ódio e segregação que já se arma no horizonte. Esse pequeno grupo de homossexuais que estão apoiando o candidato fascista se comportam hoje, como alguns judeus que no início da ascensão nazista procuraram suas lideranças propondo algum tipo de acordo de salvo conduto. No fim como sabemos, acabaram todos expatriados e muitos deles mortos e incinerados em fornos crematórios. É uma ilusão qualquer homossexual desse país achar que estará a salvo após a eleição de um homofóbico confesso para o mais alto posto do poder executivo do país.
(Foto: Reprodução)

Mergulhando no mundo sórdido das fake news hoje, podemos ver que a maioria delas tem os homossexuais como alvo claro ou discurso de fundo. Estão nos associando a pedofilia, alegam que temos planos de destruição das famílias heterossexuais, que queremos nos intrometer em práticas religiosas, que estamos doutrinando crianças ou até espalhando doenças. Hoje nas eleições presidenciais de 2018 a homofobia é o principal discurso e estratégia dos cúmplices do candidato fascista. Isso não terminará após as eleições.

Se o país de fato eleger um homofóbico para presidente da república, ele terá que satisfazer a fome de seus cúmplices. Ele terá um débito a ser quitado com quem o apoiou e quem irá pagar, se possível com a vida, serão os homossexuais. Não podemos esquecer que torcidas organizadas de futebol já gritam a plenos pulmões o nosso genocídio abertamente em estádios de futebol e estações de metrô.

Nenhum homossexual estará a salvo se essa insanidade for levada adiante.

Sair da versão mobile