Esse grupo, que inclui dezenas de lésbicas, gays, travestis e transexuais, afastou-se da principal caravana com migrantes de países da América Central, principalmente hondurenhos, que segue na direção da fronteira.
A grande caravana saiu em 13 de outubro de San Pedro Sula, em Honduras, e chegou a reunir cerca de 7 mil migrantes. A maior parte deles ainda permanece longe da fronteira, na região de Sinaloa, no oeste do México.
Esse primeiro grupo a chegar à fronteira fez uma parte do trajeto de ônibus até a região de Playas de Tijuana. De acordo com reportagem do “Washington Post”, o esforço cotidiano de viajar milhares de quilômetros a pé e pegar carona foi agravado pelo assédio ocasional de outros viajantes.
O hondurenho Erick Dubon, de 23 anos, vinha de San Pedro Sula com o namorado Pedro Nehemias, de 22 anos. Ele relatou ao jornal americano que foram vitimas de homofobia durante o percurso.
“As pessoas não nos deixavam entrar em caminhões, eles nos faziam entrar no fim da fila para tomar banho e nos chamavam de nomes feios” — Erick Dubon
Os migrantes devem solicitar refúgio às autoridades dos EUA em breve. Porém, a situação não é simples. Na última sexta-feira (9), o presidente Donald Trump assinou uma ordem que impede a concessão de refúgio para os migrantes que entrarem ilegalmente no país. A ordem também suspende por 90 dias a entrada de migrantes pela fronteira com o México.