Bolsonaro pode revogar nome social já no primeiro dia de governo

Decreto assinado pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2016 autoriza travestis e transexuais o uso do nome social nos órgãos do serviço público federal.

Bolsonaro reafirmou em mensagem de Natal que defende restauração do sentimento familiar. (Foto: Divulgação)
Bolsonaro reafirmou em mensagem de Natal que defende restauração do sentimento familiar. (Foto: Divulgação)
Um decreto, assinado pela ex-presidente Dilma Rousseff em abril de 2016, que autoriza travestis e transexuais o uso do nome social nos órgãos do serviço público federal, como ministérios, universidades federais e empresas estatais pode ser revogado já no primeiro dia do presidente eleito Jair Bolsonaro.

Em mais uma postagem em sua conta no Twitter, Bolsonaro disse que assim que assumir vai revogar decisões tomadas em diferentes áreas que não têm beneficiado os brasileiros.

Restaurar o sentimento familiar

Também no Twitter, o presidente eleito reafirmou em mensagem de Natal que defende restauração do sentimento familiar. “Buscaremos nos próximos anos restaurar o sentimento familiar há muito desgastado em nossa sociedade”, tuitou.

Conservadores comemoram

Se depender da bancada evangélica, revogação já é certa. Em uma reunião entre deputados e pastores em Brasília, pessoas próximas do novo presidente já comemoram as perdas dos direitos de pessoas trans.

Fim do casamento do mesmo sexo?

Uma pessoa que participou dessa reunião entre pastores e deputados afirmou que articulação agora é acabar com casamento entre pessoas do mesmo sexo e que o presidente eleito não vai medir esforços para revogar resolução aprovada pelo Conselho Nacional de Justiça que autoriza cartórios de todo o Brasil realizarem casamentos do mesmo sexo.

Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro assinou documento onde promete ir contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. (Foto: Reprodução/Instagram)
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