“Pelo que o delegado me falou, em termos de colheita de prova, ele já está avançado. Então, não tem sentido mudar. Acredito que ele vai dar, sim, um encerramento a esse caso em breve”, disse o governador.
Em novembro do ano passado, o então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou que tinha “mais do que certeza” que pessoas poderosas não teriam interesse na elucidação do caso. O governador do RJ destacou que não chegou a ele nenhuma investigação sobre interferência e que o inquérito segue sob sigilo.
“Eu não trabalho com hipóteses. Eu fui juiz federal, fui defensor público e sou um profissional do Direito; eu trabalho com fatos provados”
frisou Witzel.
“Se existe qualquer tipo de interferência e nós tenhamos a investigação necessária para mostrar que a interferência está ocorrendo, nós temos que indiciar, relatar o inquérito, o Ministério Público tem que denunciar e o juiz tem que julgar”, ressaltou.
O governador destacou ainda que não possui nenhum tipo de intenção de interferir nas investigações e que não possui atribuições constitucionais para isso. Ele reconhece que o índice de solução de homicídios no RJ ainda está aquém do necessário. Porém, Witzel conta que observa profissionalismo e que o setor precisa de investimentos para melhorar o desempenho.Wilson Witzel afirmou ainda que a Polícia Civil foi desestruturada ao longo dos últimos anos e que precisa de meios para investigar e prender criminosos: “Há muita gente recebendo para cometer homicídios”, disse sobre o crime no estado.