São Paulo

Promotor fala em crime de ódio ao denunciar hétero que tirou coração de transexual em Campinas

Caio Santos de Oliveira, de 20 anos, foi denunciado por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto.

Caio Santos de Oliveira, de 20 anos, foi preso após matar e arrancar coração de transexual em Campinas (SP) no dia 21 de janeiro. (Foto: Sarah Brito)
Caio Santos de Oliveira, de 20 anos, foi preso após matar e arrancar coração de transexual em Campinas (SP) no dia 21 de janeiro. (Foto: Sarah Brito)
O promotor de Justiça Luís Felipe Delamain Buratto usou os termos ódio, desumano e brutal ao apresentar denúncia contra Caio Santos de Oliveira, de 20 anos, por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto. O rapaz foi preso na manhã do dia 21 de janeiro após matar a transexual Kelly e guardar o coração da vítima em casa, em Campinas (SP).

Na denúncia ao qual o Gay1 teve acesso nesta terça (29), o promotor defende que Caio matou a transexual “por odiar pessoas com orientação sexual(sic) diversa da sua, demonstrando sentimento abjeto e de repúdio por seres humanos que apresentam tais características.”

O promotor reforça que o homicídio foi praticado com emprego de meio cruel, o que aumentou “inutilmente o sofrimento da vítima, e revelou uma brutalidade fora do comum”.

Buratto destaca ainda que, após atingir o resultado pretendido, ou seja, a morte de Kelly, Caio “trabalhou como açougueiro, de maneira desumana e brutal”, abrindo o peito da vítima, retirando parte do pulmão e o coração, que levou para casa.

Agora cabe à Justiça definir se aceita ou não a denúncia apresentada pelo Ministério Público contra Caio.

Local onde o corpo da transexual Kelly foi encontrado no Jardim Marisa, em Campinas (SP). (Foto: Polícia Militar/Divulgação)
Local onde o corpo da transexual Kelly foi encontrado no Jardim Marisa, em Campinas (SP). (Foto: Polícia Militar/Divulgação)

O crime

Caio Santos de Oliveira foi preso pela Polícia Militar após confessar que matou a transexual Kelly, de 35 anos, no Jardim Marisa, na região do Campo Belo. O coração da vítima foi encontrado enrolado em um pano, debaixo do guarda-roupas na casa de Caio. O autor ainda furtou dinheiro do caixa do bar onde o crime ocorreu.

Sorrindo e com declarações desconexas, Oliveira foi apresentado na 2ª Delegacia Seccional de Campinas no dia do crime e disse que havia conhecido a vítima na noite anterior.

“Ele era um demônio, eu arranquei o coração dele. É isso. Não era meu conhecido. Conheci ele à meia-noite”, disse.

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