Frases como “Somos LGBT+ e vamos resistir” iluminaram, durante 10 minutos, o Congresso Nacional, um muro na S1 próxima à Catedral Metropolitana e o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.
A ação foi organizada por ativistas da organização All Out. O grupo desenvolve campanhas em defesa dos direitos LGBT e contra a criminalização de orientações sexuais e identidades de gêneros – que ainda ocorre em 70 países.
Após a projeção no Congresso Nacional, o ato foi finalizado com a chegada da Polícia Legislativa, conforme informou a gerente de campanhas da All Out no Brasil, Ana Andrade.
“Como era um protesto pacífico, decidimos encerrar. Demos nosso recado de resistência.”
‘Não estão sozinhos’
Segundo o diretor de programas da organização, Leandro Ramos, as projeções buscam mostrar que pessoas LGBT “não estão sozinhos”. As frases foram projetadas um dia após a posse do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
“O Brasil é um país extremamente violento para pessoas LGBT+. Com um presidente que diz preferir um filho morto a um filho gay, as perspectivas obviamente não são boas”, diz Ramos, em material divulgado pela ONG.
De acordo com dados da associação Grupo Gay da Bahia (GGB) – entidade que se dedica a fazer levantamentos sobre a violência contra pessoas LGBT –, o Brasil registrou 126 crimes violentos contra essas pessoas entre janeiro e abril do ano passado.Isso significa que, nesse período, a cada 19 horas, uma pessoa LGBT foi agredido ou assassinado no país. Segundo a entidade, 52% dos homicídios contra LGBTs no mundo ocorreram em solo brasileiro.