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Fetiche por axilas: gays que gostam de lamber e cheirar sovacos

Região pode ser excitante porque pelos e odor podem está ligados à virilidade.

Fetiche por axilas: gays que gostam de lamber e cheirar sovacos. (Foto: Reprodução/Farimg)
Fetiche por axilas: gays que gostam de lamber e cheirar sovacos. (Foto: Reprodução/Farimg)

Um leve cheirinho na axila pode ser o terror de algumas pessoas, mas há quem fique feliz com o odor. É que a visão e o cheiro característicos de axilas agradam as pessoas adeptas do axilismo. Eles sentem excitação a partir da interação com o sovaco dos parceiros. “Adoro cheirar o meu namorado quando ele chega em casa de bicicleta”, fala o estudante Matheus Blando, 24, de Curitiba (PR).

De acordo com o psicólogo com especialização em saúde sexual Ralmer N. Rigoletto, o fetiche por sovacos é comum, principalmente entre os gays. Algumas mulheres também são adeptas porque relacionam a região com masculinidade. “Os pelos e o cheiro característico da axila são muito ligados à virilidade”, diz. A origem da excitação está ligada à química de nosso corpo. “Assim como para outros mamíferos, os odores são carregados de feromônios que despertam áreas do nosso cérebro.”

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Além do odor, Matheus também acha a região do corpo atraente. “Gosto do formato, dos pelos e até dos folículos. Eu me excito ao ver a foto de um homem com o braço levantado”, diz. O autônomo Luan Silva, 20, de Três de Maio (RS), percebeu que repara em axilas desde a infância. “Um sovaco pode dizer muito sobre quem a pessoa é.”

A atração pela estética da axila antecipa, segundo Rigoletto, uma sensação de carinho. “Há alguns casos em que o prazer refere-se ao acolhimento que será dado pelos braços abertos, num abraço que sucederá à exibição das axilas”, diz o psicólogo. Luan concorda: “Gosto, às vezes, de apenas deitar e ficar sentindo o cheiro da axila do meu namorado. São coisas aleatórias que podem ser bem excitantes para mim.”

“Posso beijar seu sovaco?”

A sexóloga Paula Napolitano ensina que, para aproveitar a região, os interessados podem acariciá-las durante as relações sexuais. “Com beijos, lambidas e chupadas nos sovacos dos parceiros”, fala.

Matheus e Luan gostam de deixar o parceiro com as mãos atadas ao alto para observar as axilas com tranquilidade. “Para quem curte BDSM, a prática de cócegas durante o sexo pode ser aproveitada”, conta o jovem de Três de Maio (RS).

“Eu também gosto de lamber, mas o gosto do desodorante me incomoda. Aproveito quando o meu namorado acabou de sair do banho”, diz Matheus. Após descobrir, há dois anos, que gosta de axilas, ele evita falar sobre o assunto com as pessoas, porque muita gente estranha o seu gosto. “Já fui taxada de louco”, fala.

Luan até comenta o fetiche, mas sempre esperando alguma “piada”. “Neste caso, mando a pessoa cheirar o meu sovaco.”

Por muita gente ainda torcer o nariz, a sexóloga Paula lembra que, antes de ir com muita sede à axila do parceiro, é importante pedir o consentimento. “Se a pessoa se sentir agredida, é bom vocês chegarem a um acordo sobre o assunto”, afirma. “Na sexualidade, o ideal é que as pessoas estejam abertas para falar e ouvir sobre suas preferências.”

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