Assim como o mito grego com quem compartilha o nome, o ator Ícaro Silva sempre sonhou alto. Agora, aos 32 anos, ele diz estar colhendo os frutos do que plantou lá atrás, quando despontou na TV com a novelinha “Malhação”. No ar na novela das 19h da TV Globo, “Verão 90” como o cantor de lambada Ticiano e na série Netflix “Coisa mais linda”, como o músico Capitão, ele também está em cartaz com o espetáculo “Ícaro and the black stars”, que fica no Teatro Carlos Gomes até 2 de junho e depois passa por Belo Horizonte e São Paulo.
No cinema, Ícaro pode ser visto em “45 dias sem você”. Primeiro longa de uma trilogia do diretor Rafael Gomes, o filme é uma comédia romântica gay. Para o ator, é importante dar e estar num filme dando voz para a causa LGBTQI+, com a qual ele se identifica.
“Me considero sexualmente livre e isso significa que me identifico com o LGBTQI+. Eu me vejo aberto a sexualidades e ao gêneros, não me vejo rotulado (em nenhuma letra). Tem a letra I, mas eu sou o I de Ícarossexual (risos). Existe uma tentativa de rotularem as pessoas e cada um de nós é uma potência individual. A minha sexualidade é só minha, é importante que a gente se entenda como poder individual”, afirma ele em entrevista para O Globo, onde ainda fala sobre sua infância na periferia de Diadema, no ABC paulista, e sobre a violência no Rio de Janeiro — no ano passado, ele foi ferido por estilhaços de bala quando passava de carro pelo Túnel Zuzu Angel.