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Casal agradece afeminadas, travestis e ativistas por darem a chance deles serem pais

"Desse lugar de extremo privilégio é muito fácil esquecer da nossa história. Esse é um lembrete também para mim", escreveu Frederico.

Casal gay agradece minorias por darem a chance deles serem pais. (Foto: Reprodução/Instagram)
Casal gay agradece minorias por darem a chance deles serem pais. (Foto: Reprodução/Instagram)

Por maiores que ainda sejam as lutas do movimento LGBTQI+ para garantir direitos, é certo que já houve muito avanço desde que decidimos nós unirmos contra a LGBTfobia. E um casal de São Paulo decidiu agradecer todos aqueles que lutaram para que os dois pudessem ter a bela família que estamparam em uma publicação do Instagram.

Ao lado dos dois filhos adotivos, Frederico e Gergori viralizaram nesse domingo (02/02/2020) não apenas pela imagem, mas pelo texto que acompanhou a postagem. Nele, Frederico reforça que, ao nascer, famílias como a dele não eram possíveis.

“Não era permitido, em lugar algum, que dois homens se casassem, pelo menos até 1989, quando o casamento igualitário foi reconhecido na Dinamarca. A adoção homoparental demorou mais ainda e só foi legalizada pela primeira vez em 2001, na Suécia. No Brasil, esses dois direitos chegaram para a população LGBTQ+ em 2009 e 2011”, escreveu.

Depois disso, foi o momento de mostrar gratidão. “Hoje comemoro meu aniversário de casamento, com dois filhos maravilhosos, graças a todos que lutaram pela nossa existência. Obrigado às afeminadas, travestis, ativistas, lésbicas, pretas, e a todes que sofreram a violência, a perseguição e o isolamento que eu nunca precisei sentir. Desse lugar de extremo privilégio, de colher os frutos plantados pelos que vieram antes, é muito fácil esquecer da nossa história. Esse é um lembrete também para mim”, finalizou.

Confira a publicação:

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Quando eu cheguei no planeta Terra, essa família era impossível. Não era permitido, em lugar algum, que dois homens se casassem, pelo menos até 1989, quando o casamento igualitário foi reconhecido na Dinamarca. A adoção homoparental demorou mais ainda e só foi legalizada pela primeira vez em 2001, na Suécia. No Brasil, esses dois direitos chegaram para a população LGBTQ+ em 2009 e 2011. Hoje comemoro meu aniversário de casamento, com dois filhos maravilhosos, graças a todos que lutaram pela nossa existência. Obrigado às afeminadas, travestis, ativistas, lésbicas, pretas, e a todes que sofreram a violência, a perseguição e o isolamento que eu nunca precisei sentir. Desse lugar de extremo privilégio, de colher os frutos plantados pelos que vieram antes, é muito fácil esquecer da nossa história. Esse é um lembrete também para mim.

Uma publicação compartilhada por Frederico Leonardo Dora (@fredleodora) em

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