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Estados Unidos têm recorde de pessoas LGBT concorrendo uma vaga nas eleições de 2020

Embora muitos dos candidatos este ano tenham grandes chances de se eleger, a representatividade LGBT ainda é baixa.

Casa Branca é iluminada com as cores do arco-íris após decisão da Suprema Corte dos EUA legalizar o casamento igualitário. (Foto: Evan Vucci / AP)
Casa Branca é iluminada com as cores do arco-íris após decisão da Suprema Corte dos EUA legalizar o casamento igualitário. (Foto: Evan Vucci / AP)

Dados de um relatório divulgado hoje nos Estados Unidos mostram que 850 pessoas LGBT estão concorrendo a um cargo político nas eleições deste ano, um recorde no país. As informações são da agência Associated Press.

De acordo com o Instituto LGBT Victory, o número de servidores públicos eleitos que se declaram LGBT nos EUA mais que dobrou nos últimos quatro anos. São 843 pessoas em todos os níveis de governo. Em 2016, este número era de 417.

Embora muitos dos candidatos este ano tenham grandes chances de se eleger, a representatividade LGBT ainda é baixa, diz a presidente do instituto, Annise Parker, ex-prefeita de Houston. A comunidade “continua sub-representada em todos os estados e níveis de governo”.

Parker afirma que as pessoas LGBT representam cerca de 4,5% da população adulta dos EUA, mas ocupam apenas 0,17% dos mais de 510 mil cargos eleitos, que vão desde o Congresso e legislaturas estaduais a conselhos municipais e conselhos escolares.

Para que a representação seja proporcional, disse Parker, seria preciso conquistar mais de 22.500 posições adicionais.

O número de negros e hispânicos LGBT que ocupam cargos públicos dobrou nos últimos três anos, de 92 para 184, de acordo com o relatório. Durante o mesmo período, o número de funcionários trans eleitos aumentou de seis para 26.

Parker afirma que os eleitos têm liderado discussões sobre uma ampla gama de questões, incluindo moradia a preços acessíveis, assistência médica, imigração e controle de armas, além de influenciar o debate sobre os direitos LGBT.

“Quando as autoridades públicas LGBT estão nas salas do poder, elas mudam os corações e as mentes de seus colegas legisladores, derrotam as leis anti-LGBT e inspiram uma legislação mais inclusiva”, disse ela.

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