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Parada do Orgulho LGBTQIA+ reúne milhares de manifestantes em Paris

Sem carros alegóricos ou música, marcha foi mais político do que festivo.

Milhares de pessoas participaram da Parada do Orgulho LGBTQIA+ no sábado, 4 de julho de 2020, em Paris, apesar da obrigação de distanciamento social. (Foto: REUTERS/CHARLES PLATIAU)
Milhares de pessoas participaram da Parada do Orgulho LGBTQIA+ no sábado, 4 de julho de 2020, em Paris, apesar da obrigação de distanciamento social. (Foto: REUTERS/CHARLES PLATIAU)

Aproximadamente 10 mil manifestantes participaram de uma marcha improvisada e “política” do Orgulho LGBTQIA+ em Paris neste sábado, uma semana após a data originalmente programada para a celebração oficial, cancelada devido ao coronavírus.

Uma multidão jovem e multicultural saiu da Praça Pigalle atrás de um caminhão exibindo uma faixa com o slogan “Nosso orgulho é político”.

Entre bandeiras de arco-íris, cabelos coloridos e drag queens, outras palavras de ordem: “transfobia mata”, “uma presidente lésbica” ou “meu corpo, meu gênero, fecha sua boca”.

A Parada oficial do Orgulho LGBTQIA+ estava prevista para 27 de junho, mas foi adiada para 7 de novembro devido à proibição de aglomerações para conter o coronavírus.

Para Emma Vallée-Guillard, que respondeu à chamada de improviso de várias associações LGBTQIA+, “é importante celebrar o orgulho da mesma forma”.

“O orgulho, em sua origem, foi originalmente uma revolta”, lembra a jovem de 22 anos, referindo-se aos protestos de Stonewall em Nova York em 1969, desencadeados por uma batida policial em um bar frequentado por pessoas LGBTQIA+ e que deu origem a primeira Parada LGBTQIA+.

Sem carros alegóricos ou música, o encontro deste sábado foi mais político do que festivo.

“O perigo de retrocesso de nossos direitos fundamentais está muito presente e a epidemia serviu para revelar múltiplos fatores de exclusão, discriminação e violência”, afirmou Giovanna Rincon, diretora da associação Acceptess-T, que defende pessoas trans.

O ano de 2020 marca o 50º aniversário do Orgulho LGBTQIA+, mas várias centenas de marchas pelo mundo foram canceladas ou adiadas devido ao coronavírus.

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