Lésbicas

Saiba porque celebramos o mês da visibilidade lésbica em agosto

Data é um mês extrema importância para a militância lésbica nacional.

Um dia sem lésbicas é como um dia sem a luz do sol. São Francisco, junho de 1979. (Foto: chicagotribune)
Um dia sem lésbicas é como um dia sem a luz do sol. São Francisco, junho de 1979. (Foto: chicagotribune)

Agosto é um mês extrema importância para a militância lésbica nacional: o dia 29 é reconhecido como o dia Nacional da Visibilidade Lésbica. A data foi criada em 1996, durante o 1° Seminário Nacional de Lésbicas (antigo Senale, hoje Senalesbi), e o mês é voltado para lembrar a existência da mulher lésbica, as violências sofridas por elas e as pautas que o movimento reivindica.

Caminhada lésbica de São Paulo em 2009. (Foto: Arquivo/Commons.wikimedia.org)
Caminhada lésbica de São Paulo em 2009. (Foto: Arquivo/Commons.wikimedia.org)

Por que é importante falar de visibilidade lésbica?

Durante muitos anos, a militância LGBT focava muito nos homens gays e apagava as outras letras e vivências: isso não foi diferente com as lésbicas. Inclusive, a mudança na sigla de GLS para LGBT foi justamente uma tentativa de trazer o L para frente e tirá-lo da invisibilidade. Afinal, sendo invisível, é impossível ter voz e lutar por direitos.

Quem fala muito bem sobre a questão da visibilidade e a representatividade é a Fernanda Soares, do Canal das Bee, neste vídeo aqui:

  • Lesbofobia é a discriminação sofrida por mulheres lésbicas. Ela é diferente da homofobia pois, além do preconceito sofrido pela orientação sexual, essas mulheres são vítimas do machismo. Entre as violências mais comuns, estão:
  • 1. O apagamento da sexualidade; fetichização ou objetificação do relacionamento entre mulheres;
  • 2. Negligência na área da saúde, algo que fica evidente quando vemos a falta de opções para o sexo seguro ou mesmo despreparo de ginecologistas para atender mulheres que se relacionam com mulheres
  • 3. Agressões físicas ou psicológicas
  • 4. Estupro corretivo, termo que se refere ao estupro que tenta “corrigir” a sexualidade da mulher lésbica.

Vale ainda ressaltar que essas violências são ainda mais fortes quando falamos de mulheres negras, periféricas, transexuais.

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