Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira que emitiram o primeiro passaporte com um “X” na descrição de gênero. A medida visa contemplar pessoas não binárias, que não se identificam como homem ou mulher.
O Departamento de Estado, o equivalente ao Ministério das Relações Exteriores no Brasil, informou que essa opção também estará disponível no início de 2022 tanto para os passaportes quanto para a certidão de nascimento de americanos que estejam no exterior.
“Quero ressaltar com esta medida o compromisso do Departamento de Estado com a promoção de liberdade, dignidade e igualdade para todas as pessoas, incluindo os LGBTQI+”, informou em comunicado o porta-voz Ned Price.
O secretário de Estado, Antony Blinken, prometeu em junho que realizaria a mudança após resolver obstáculos tecnológicos que ainda impediam a implementação. Antes do anúncio de hoje, o ógão já havia passado a permitir que o próprio solicitante selecione o gênero no documento. Antes das reformas, era necessário apresentar um laudo médico caso a pessoa decidisse marcar uma opção diferente daquela registrada na certidão de nascimento.
Segundo a Rede de Empregadores para Diversidade de Inclusão, sediada em Londres na Inglaterra, ao menos 11 países já adotaram a medida, com a opção “X” ou “outro” no passaporte. Entre eles, Argentina, Canadá e Alemanha.