O cenário político no Brasil se intensifica com novos embates entre o governo Lula e o centrão. Dessa vez, o Ministério dos Direitos Humanos tornou-se alvo de investidas para esvaziar suas atribuições, especialmente no que diz respeito às políticas destinadas à comunidade LGBTQIA+. O Partido Liberal (PL), liderado por Jair Bolsonaro, propôs a retirada da coordenação dessas políticas do ministério, incluindo-a na Medida Provisória (MP) de reorganização da Esplanada dos Ministérios.
O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, reagiu energicamente contra essa ofensiva, classificando-a como um “ataque deliberado aos direitos humanos e às minorias”. Nas redes sociais, Almeida declarou que espera que o Congresso rejeite essa tentativa de esvaziamento e ressalte a importância de garantir os direitos fundamentais a todos os cidadãos.
Em nota oficial, o ministério reforçou sua posição contrária ao destaque apresentado na Câmara dos Deputados, enfatizando que se trata de um “ataque deliberado aos direitos humanos e às minorias deste país”. O órgão ressalta a importância de uma estrutura própria para atender às demandas da população LGBTQIA+ e conclama os deputados federais a rejeitarem essa proposta prejudicial.
Essa tentativa de interferência no Ministério dos Direitos Humanos ocorre em meio a uma série de derrotas do governo Lula em relação à MP que reestrutura o quadro ministerial. Caso a medida seja rejeitada, os ministérios retornariam à estrutura anterior, vigente durante a gestão de Jair Bolsonaro, o que acarretaria no fim de pastas criadas em janeiro, como a dos Povos Indígenas, da Cultura, da Igualdade Racial, dos Transportes e do Desenvolvimento e Indústria. O desenrolar desse embate político é aguardado com atenção pela sociedade, em especial pelos defensores dos direitos humanos e pela comunidade LGBTQIA+.