“O amor não podem negar”, diz Ludmilla sobre proposta que proíbe união homoafetiva
Cantora se posicionou a respeito da votação do projeto de lei (PL) que quer derruba o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
Ludmilla soltou o verbo nas redes sociais ao comentar a votação do projeto de lei (PL) que tenta proibir o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que está acontecendo na Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (27/9). A cantora, que é casada com Brunna Gonçalves, compartilhou um vídeo ao lado da esposa e desabafou.
“É difícil de acreditar que ainda hoje este assunto seja discutido, uma vez que já estava assegurada a união homoafetiva. Até quando vamos precisar lutar para sermos reconhecidos legalmente como casal e garantir direitos básicos para vivermos a plenitude de uma relação?”, questionou ela na legenda da publicação.
E seguida, ela continuou: “Gerar, criar, adotar filhos, com a tranquilidade de saber que sempre vamos poder usufruir de tudo o que o mundo tem a nos oferecer sem nos preocuparmos se vamos poder contar com os nossos direitos como família, depois de cumprirmos tantos deveres”.
No fim, ela tomou a voz por outros LGBTQIA+ famosos e demais pessoas que podem não ter o seu alcance: “Aqui, peço licença para falar por todas as Ludmillas, Brunnas, Paulos, Thales, Nandas, Lan Lans. Porque o amor, este, em tempo nenhum, vocês vão poder nos negar”, afirmou.
Os usuários do Twitter enviaram muitas mensagens de apoio para Lud: “O país está precisando de tantas coisas e os caras estão preocupados em impedir que as pessoas se casem…”, reclamou um. “O amor vence! Estamos juntos nessa!”, disse outro. “Que orgulho, Lud! Obrigada por tanto, você é grandona!”, elogiou uma terceira.
A votação
Após mais de cinco horas de discussão, foi adiada a votação da proposta que derruba o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo pela Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados.
O relator, deputado Pastor Eurico (PL-PE), pediu mais tempo para analisar sugestões e votos dos colegas. “Gostaria de pedir que nos desse mais um tempo, em respeito aos que honrosamente falaram aqui e até aos que nos desrespeitaram, para provar que não há retaliação e não estamos aqui para impor nada”, disse. O presidente da comissão, deputado Fernando Rodolfo (PL-PE), marcou a votação para o dia 10 de outubro.
Em seu parecer, Eurico defende a aprovação do Projeto de Lei 5167/09, segundo o qual nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo pode ser equiparada ao casamento ou a entidade familiar.
Isso impacta decisões sobre dependência econômica, pensão, herança, entre outros. Esses direitos são garantidos às uniões homoafetivas desde 2011 por decisão do Supremo Tribunal Federal.
No STF
Em 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou as uniões entre pessoas do mesmo sexo às compostas por homens e mulheres, reconhecendo assim o casamento homoafetivo como um núcleo familiar.