A compreensão dos significados e experiências por trás de cada letra da sigla LGBTQIA+ nem sempre é uma tarefa simples, especialmente para aqueles que não fazem parte diretamente do movimento. Com o intuito de esclarecer e oferecer uma visão sensível e informativa sobre esses termos, a Assessoria Especial de Comunicação Social do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (Ascom/MDHC) produziu o minidocumentário “Eu Sempre Fui”. Lançado nesta sexta-feira (15), o filme é parte integrante da segunda fase da campanha “Direitos Humanos pra Quem?”, também idealizada pela Asom/MDHC.
“Eu Sempre Fui” apresenta, de maneira comovente e marcante, as histórias de diferentes pessoas LGBTQIA+, cada uma representando uma das letras da sigla. Em um dos relatos, Vidda, pessoa intersexo, compartilha sua jornada, narrando como, aos seis anos, foi submetida a cirurgias sem seu consentimento, com o objetivo de se adequar a um determinado sexo/gênero. “Intersexo é essa ‘forma de vida’ que se apresenta e que não traz qualquer prejuízo ou risco à saúde da pessoa. No entanto, a sociedade, pelo desejo de manter os corpos em formatos binários, é que me colocou sujeito a diversos abusos e violações de direitos humanos”, expressou Vidda no documentário.
Outra figura presente é Symmy Larrat, secretária nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA+, que compartilha suas próprias vivências como mulher trans e discute as dificuldades que enfrentou, incluindo a jornada para estabelecer um relacionamento mais próximo com sua mãe.
O minidocumentário representa o primeiro de uma série planejada pelo MDHC. Essa série visa abordar temas cruciais para o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, incluindo a exposição de violações de direitos da população carcerária ou com liberdade restrita, os direitos das pessoas LGBTQIA+ e a intolerância religiosa, entre outros tópicos.
“Direitos Humanos pra Quem?” é um projeto que busca desmistificar a ideia de que “os direitos humanos são somente para pessoas que cometeram crimes” e tem como objetivo principal resgatar o verdadeiro significado dos direitos humanos. Esta iniciativa, atemporal, procura mobilizar indivíduos e grupos diversos, independentemente de suas posições ou preferências, para compreender a importância do respeito e da dignidade para todas as pessoas, independentemente de sua condição.
Além do minidocumentário, a primeira fase da campanha incluiu o lançamento do videocast “Direitos Humanos pra Quem? Pra manos, minas, monas e todas as pessoas”, já contando com três episódios. Com apresentação do ministro Silvio Almeida, o videocast proporciona informações sobre as ações e entregas do ministério e esclarece, por meio de entrevistas, as temáticas abordadas pelo MDHC, contando com a participação de secretários, gestores, artistas, influenciadores e pessoas engajadas na pauta dos direitos humanos, compartilhando suas experiências e perspectivas.
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