Política

225 candidatos LGBTQIA+ são eleitos nas Eleições 2024; três para prefeituras

Levantamento aponta crescimento de 180% em relação a 2020, com destaque para prefeitos gays e aumento expressivo de pessoas trans em cargos públicos.

Eleições 2024 registram recorde histórico de candidaturas LGBTQIA+ eleitas no Brasil. (Foto: Ernane Queiroz/Gay1)
Eleições 2024 registram recorde histórico de candidaturas LGBTQIA+ eleitas no Brasil. (Foto: Ernane Queiroz/Gay1)

As Eleições Municipais de 2024 marcaram um recorde inédito na representatividade LGBTQIA+ no cenário político brasileiro. Segundo dados da ONG VoteLGBT, 225 pessoas que se identificam como LGBTQIA+ conquistaram cargos públicos, incluindo três prefeituras. O número é 180% maior que o registrado em 2020, refletindo uma mudança significativa no perfil de lideranças eleitas.

Além disso, houve um aumento expressivo de pessoas trans eleitas, totalizando 39 representantes, nove a mais do que no pleito anterior. Entre as conquistas, destaca-se Amanda Paschoal (PSol), eleita como a quinta vereadora mais votada em São Paulo, consolidando-se como uma das figuras de maior destaque no cenário político da capital.

Em Alpinópolis (MG) e Santa Bárbara do Tegúrio (MG), prefeitos abertamente gays foram eleitos, enquanto Bonito (BA) terá pela primeira vez um homem cis assexual no comando da cidade. Esses resultados foram analisados a partir de informações fornecidas pela ONG VoteLGBT e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Perfil das candidaturas eleitas

O levantamento revelou que as candidaturas LGBTQIA+ vitoriosas estão espalhadas por 190 municípios em 22 estados. Nas capitais, 28 representantes foram eleitos, dos quais 22 são mulheres. A diversidade racial também se destacou, com 17 candidaturas de pessoas negras, sendo 15 delas mulheres.

Os partidos com maior número de eleitos LGBTQIA+ foram o PT, PSD e PSol, com 61, 26 e 18 representantes, respectivamente. Gui Mohallem, membro da direção da VoteLGBT, comentou o crescimento significativo: “Mais que dobramos o número de pessoas LGBT+ eleitas em comparação às eleições municipais de 2020. Nas capitais e grandes cidades, vemos mulheres negras LGBT+, muitas delas trans, liderando as votações entre os partidos de esquerda”.

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