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Gays e homens bissexuais podem ser padres desde que mantenham celibato, decide Vaticano

Produzido pela Conferência Episcopal Italiana (CIE), o comunicado altera uma instrução publicada nove anos atrás que barrava seminaristas com "tendências homossexuais profundas".

Papa Francisco teve uma conversa particular com Juan Carlos Cruz na semana passada, para falar sobre os abusos que sofreu de um padre durante sua infância (Foto: AFP)
Papa Francisco. (Foto: AFP)

Para a Igreja Católica, gays, bissexuais masculinos e homens que fazem sexo com outros homens podem se tornar padres, desde que optem por uma vida sem fazer sexo — o celibato. A informação consta em documento do Vaticano publicado na quinta-feira (9/1).

Produzido pela Conferência Episcopal Italiana (CIE), o comunicado altera uma instrução publicada nove anos atrás que barrava seminaristas com “tendências homossexuais profundas”.

Embora a atualização no documento da CEI não deixe de considerar a orientação sexual de um seminarista, a hipótese de o homem ser gay será acrescentada apenas como um aspecto do candidato à carreira de padre.

“Ao lidar com tendências homossexuais no processo de formação, é adequado que a avaliação não se reduza apenas a este aspecto, mas sim busque entender seu significado em toda a estrutura da personalidade do jovem”, diz o texto.

A atualização da CEI pode ser interpretada como um aceno do papa Francisco à população LGBTQIA+. O pontífice é conhecido por proferir discursos acolhedores a fiéis e casais do mesmo sexo, mas também já fez comentários considerados homofóbicos e recebeu críticas da comunidade.

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